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Economia Dólar sobe 2,62% no dia com aversão externa ao risco

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A moeda norte-americana encerrou o dia com cotação de R$ 5,2480. (Foto: Divulgação)

O dólar fechou em forte alta nesta sexta-feira (23), ao final de uma semana de atenção às taxas de juros e apesar da intervenção do Banco Central.

A moeda norte-americana encerrou o dia com cotação de R$ 5,2480, em alta de 2,61%. Veja mais cotações. Esta é a maior alta diária desde 22 de abril, quando a moeda cresceu 4,04%. O Ibovespa caiu mais de 2% puxado por uma forte queda da Petrobras.

A alta segue forte mesmo após o Banco Central vender US$ 2 bilhões em leilões de venda de moeda conjugados com leilões de compra no mercado interbancário, em operação que não realizava desde o fim de 2021.

O BC recorre a esse instrumento principalmente em momentos de falta de liquidez no mercado de câmbio à vista, o que normalmente ocorre no fim do ano. O comentário no mercado é que o BC pode ter realizado a operação para ajustes no cupom cambial (taxa de juro em dólar), que acelerou a alta recentemente.

Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 1,10%, a R$ 5,1147. Com o resultado de hoje, acumulou queda de 0,2% na semana e alta de 0,91% no mês. No ano, tem queda de 5,86% frente ao real.

O real havia conseguido manter um descolamento do conturbado ambiente externo nos últimos dias, mas acabou engolfado pela onda de aversão ao risco que tomou conta dos mercados mundo afora. O atual cenário da economia europeia, atestada por leitura decepcionante indicadores econômicos, e a perspectiva de aperto monetário mais intenso e forte nos Estados Unidos, dado o tom duro do Federal Reserve no combate à inflação, provocou uma corrida global à moeda norte-americana e deprimiu preços de commodities.

Nos mercados externos, o dia foi negativo depois que a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, anunciou seu plano econômico para combater a recessão, que prevê fortes cortes em impostos e estímulos econômicos – que podem incentivar a inflação e levar a mais taxas de juros.

A semana também foi marcada pelas decisões sobre as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil, anunciadas na quarta-feira.  O Federal Reserve(Fed), o banco central americano, aumentou as taxas de juros do país para uma faixa de 3% a 3,25% – uma alta de 0,75 ponto percentual. É a quinta vez neste ano em que os juros são elevados.

A nova alta levou a taxa básica de juros dos EUA ao seu maior patamar desde 2008, pouco antes de o país passar por sua maior crise desde a quebra das bolsas em 1929. Altas de juros nos Estados Unidos tendem a se refletir em alta na cotação do dólar no Brasil, uma vez que há saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.

No Brasil, o Banco Central decidiu manter os juros em 13,75% – mas mandou um recado claro de que, caso a inflação volte a pressionar, a Selic pode subir novamente no futuro.

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