Segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2015
O dólar fechou em forte alta nessa sexta-feira em meio às persistentes incertezas envolvendo o cenário político e econômico interno. A situação ruim resultou em um acumulado de 7,68% na semana. Outro fator contribuinte para a elevação da divisa norte-americana foram os dados divulgados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que mostraram números que reforçaram projeções de analistas de que os juros poderão subir neste ano na superpotência.
A moeda dos Estados Unidos aumentou 2,68%, a 3,86 reais para a venda. Esta é a maior cotação de fechamento desde 23 de outubro de 2002. Também foi a mais alta diária desde março, quando, no dia 13, subiu 2,77%, a 3,29 reais. Na semana, a moeda cresceu 7,68%. No mês, o acúmulo foi de 6,43% e 45,2%, respectivamente.
A grande valorização do dólar comercial refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem a divisa em valor sempre maior que o câmbio comercial. Nas lojas de trocas, o dólar turismo se aproximou de 4,30 reais nessa sexta-feira.
Segundo o presidente da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini, foi a maior cotação da divisa desde o surgimento do real em 2002, quando a moeda Ptax (taxa calculada pelo BC [Banco Central]) fechou 3,95 reais.
Pouco depois da abertura dos negócios, dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos indicaram desaceleração no crescimento do emprego em agosto. Porém, os índices de junho e julho foram revisados para cima, pelo governo, o que poderá influenciar o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) a elevar os juros em breve. (AG)