Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de agosto de 2015
O dólar fechou em alta nessa sexta-feira, após o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil encolher 1,9% no segundo trimestre sobre os três meses anteriores, contração maior do que a prevista por analistas, e em meio a novos sinais de turbulências políticas no País. A moeda dos EUA avançou 0,91%, cotada a 3,58 reais na venda.
Na semana, o dólar subiu 2,55%, após fortes altas na segunda-feira e na terça-feira. O avanço foi impulsionado por temores do mercado após a bolsa de Xangai, na China, despencar antes do respiro no final da semana.
No mês e no ano, o dólar acumula alta de 4,69% e 34,85%, respectivamente.
Cenário interno
Foi divulgado na manhã dessa sexta-feira que a economia brasileira encolheu 1,9% no segundo trimestre deste ano sobre os três meses anteriores e teve contração de 2,6% contra um ano antes. Foram os piores resultados desde o primeiro trimestre do ano de 2009 nas duas bases comparativas.
Em seguida, o BC (Banco Central) divulgou que o setor público brasileiro teve déficit primário de 10,019 bilhões de reais em julho deste ano, acumulando em 12 meses rombo equivalente a 0,89% do PIB, o pior da série histórica. Além disso, a perspectiva da eventual volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) provocou críticas intensas entre parlamentares e empresários.
Cenário externo
Alguns membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), reforçaram, nessa sexta-feira, as expectativas de que os juros no país podem ser elevados ainda neste ano, o que atrairia recursos hoje aplicados em outros mercados, como o Brasil. Isso ajudou o dólar a subir nesta sessão. (AG)