Porto Alegre Dona de clínica geriátrica é presa na Zona Sul de Porto Alegre por maus tratos a uma idosa

Operação da Polícia Civil também foi deflagrada em Santa Maria. (Foto: Rodrigo Ziebell/Polícia Civil)

A Polícia Civil deflagrou uma operação de prevenção e combate à violência contra idosos, especialmente em asilos e outras instituições de longa permanência situados em Porto Alegre e Santa Maria (Região Central). No bairro Ipanema, Zona Sul da capital gaúcha, a proprietária de uma clínica geriátrica foi presa em flagrante por maus tratos e cárcere privado: ela mantinha uma velhinha amarrada em cadeira de rodas.

Esse e outros estabelecimentos também apresentavam péssimas condições de higiene e armazenamento de remédios com o prazo de validade vencido, dentre outros problemas, combatidos no âmbito do mês temático “Junho Violeta”, que chama a atenção da sociedade para o respeito a essa parcela da população.

Iniciada nesta terça-feira (15), a ofensiva contra os maus-tratos a idosos foi motivada por aproximadamente 60 denúncias nos dois municípios. Somente em Porto Alegre, que conta com uma unidade especializada da Polícia Civil (a Delegacia de Polícia de Proteção ao Idoso) foram 17 reclamações envolvendo 13 asilos e similares.

Pandemia

Segundo a corporação, a pandemia de coronavírus e as medidas de distanciamento social causaram uma redução drástica nas visitas de familiares de idosos internos nesse tipo de estabelecimento. E muitas das pessoas que retomaram o contato depararam com situações inadmissíveis, incluindo debilitação da saúde dos velhinhos e evidências de maus tratos e negligência.

Em Santa Maria, foram visitadas cinco instituições, abrangendo 118 idosos institucionalizados. A ação contou com uma assistente social da prefeitura. Não foram constatadas irregularidades.

Também foram verificadas 42 denúncias anônimas de maus-tratos, abandono e apropriação de bens, em âmbito particular, tendo como vítimas que não moram em clínicas ou asilos. Nesse caso, foram confirmadas 11 reclamações, com indícios de ocorrência de crimes como “confisco” do cartão de aposentadoria por familiar.

(Marcello Campos)

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