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Mundo Donald Trump admite que os Estados Unidos poderão chegar a 100 mil mortes por causa do coronavírus e acirra guerra de palavras contra a China

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Presidente Donald Trump, durante entrevista à Fox News na noite de domingo. (Foto: Jim Watson/AFP)

O presidente Donald Trump admitiu na noite de domingo (3) que o número de mortes em razão da Covid-19 nos Estados Unidos poderá chegar a 100 mil, bem mais do que previa há algumas semanas, conforme pressionava para a retomada das atividades econômicas. Ecoando declarações de seus secretários de Estado e Defesa, Trump também voltou à guerra retórica contra a China, acusando-a ter acobertado a real gravidade do coronavírus.

No mês passado, durante uma de suas entrevistas coletivas, Trump disse que as mortes pelo vírus nos EUA deveriam ficar “substancialmente abaixo de 100 mil” e, provavelmente, abaixo dos 60 mil. Com mais de 1,2 milhão de casos registrados e mais de 69 mil óbitos, no entanto, ele foi forçado a revisar suas previsões em entrevista virtual com o público, transmitida ao vivo pela Fox News: “Nós vamos perder algo entre 75, 80 até 100 mil pessoas. É uma coisa horrível. Nós não deveríamos perder sequer uma pessoa por isso”, disse o presidente, que chegou a comparar a Covid-19 com uma gripe comum. “Se nós não tivéssemos feito [nada] (…), perderíamos, provavelmente mais, possivelmente mais de 2,2 milhões.”

Apesar de indícios de que o pico da doença já passou, ainda não houve uma queda significativa das infecções nos EUA – algo que o modelo de projeção da Casa Branca previa para o meio de abril. Ainda assim, o presidente voltou a defender o fim do isolamento social, argumentando que o governo está preparado para uma retomada rápida da economia. Cerca de metade dos governadores americanos iniciaram uma reabertura parcial, mas vários deles, como Andrew Cuomo, de Nova York, o estado mais atingido pela doença, questionam as condições para a retomada, apontando para fatores como a indisponibilidade de testes em massa.

Um outro fator que pôs em xeque a narrativa de que o “pior já passou” surgiu nesta segunda-feira: um documento interno da Casa Branca, obtido pelo jornal The New York Times, aponta que o número de mortos deve superar os 3 mil por dia neste mês de maio, em comparação com os 2 mil óbitos diários hoje. Sobre as novas infecções, o documento estima em 200 mil a cada 24 horas, quase dez vezes mais do que os 25 mil casos registrados por dia atualmente. Ao ser questionada, a Casa Branca disse que não se trata de um “documento do governo nem foi apresentado ao grupo de trabalho para o coronavírus”. Segundo o New York Times, o estudo usa projeções do Centro de Controle de Doenças e foi elaborado pela Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, em inglês). Nesta segunda-feira, foram registradas 1.015 mortes desde a noite de domingo, o menor número em 24 horas em mais de um mês.

Em sua entrevista, Trump disse ainda acreditar que haverá uma vacina para a doença até o fim do ano, previsão vista com reticência pelos especialistas. Questionado também sobre seu vocabulário agressivo e por que se esquiva de perguntas da mídia, Trump atacou a imprensa e se comparou com Abraham Lincoln, presidente americano assassinado em 1865 cujo memorial foi palco da entrevista concedida no domingo: “Eu sou recebido por uma imprensa hostil, tal qual nenhum presidente viu antes”, disse Trump. “Eles sempre dizem: Lincoln, ninguém foi tratado pior que Lincoln. Eu acredito que eu sou.”

Trump também acirrou sua disputa verbal com os chineses, acusando-os de terem cometido um “erro horrível” ao, segundo ele, tentarem acobertar a disseminação da Covid-19, comparando-a com um fogo que não conseguiram apagar. Horas antes, o secretário de Estado, Mike Pompeo, dissera novamente, sem apresentar provas, que há “evidências significativas” de que o vírus teve origem em um laboratório na cidade chinesa de Wuhan, berço da doença.

Os principais especialistas até agora acreditam que o vírus foi criado pelo homem. Eu não tenho motivos para desacreditar disso neste momento”, disse Pompeo, contradizendo conclusões obtidas pela agência de espionagem americana, que concluiu não haver sinais de que o vírus foi criado pelo homem ou geneticamente modificado, e da Organização Mundial da Saúde (OMS). As informações são do jornal O Globo.

 

 

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