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Mundo Donald Trump desmentiu o xingamento a Haiti, El Salvador e nações africanas, mas a polêmica isolou ainda mais os Estados Unidos, com grandes danos de imagem que podem reduzir a sua influência global

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Governo de Trump parou 3 dias em janeiro após orçamento não ser aprovado. (Foto: Reprodução)

Mesmo tendo desmentido que se referira a Haiti, El Salvador e nações africanas como “países de merda” em uma reunião com parlamentares na noite de quinta-feira (11), Donald Trump gerou uma nova onda de protestos, que correram o mundo. O embaixador americano no Panamá, John Feeley, decidiu renunciar após o episódio, e a ONU (Organização das Nações Unidas) classificou os termos de Trump, reiterados por deputados que participaram da reunião com o presidente, como um ato racista. As informações são do jornal O Globo.

Para especialistas, a polêmica isola ainda mais os EUA, com grandes danos de imagem que podem reduzir sua influência. Mas o rechaço global não será suficiente para que Trump mude de postura.

“A renúncia do embaixador no Panamá mostra que há limites para as pessoas que atuam no governo Trump. O ele falou é uma barbaridade, amplia a desconfiança dos EUA nas relações internacionais e deteriora parcerias. Mas como vimos no caso da saída americana do acordo climático, a pressão internacional pouco importa: o que tem poder de influenciar o presidente é a pressão interna e de seu partido”, disse Michael Shifter, presidente do Inter-American Dialogue.

Os correligionários de Trump não o perdoaram e parecem não ter acreditado no desmentido do presidente. Quebrando o silêncio, Paul Ryan, presidente da Câmara de Representantes, disse que a fala de Trump foi “muito infeliz” e “inútil”.

“Sabe no que pensei imediatamente? Na minha própria família, que, como um monte de gente, veio da Irlanda no que eles chamavam de “navios-caixão” e trabalhou nas ferrovias”, disse Ryan em um evento em Milwaukee. “Mas eles construíram o país. Esta é uma bela história americana.”

A deputada republicana Mia Love, de Utah, de origem haitiana, foi ainda mais contundente. “Trump tem que pedir desculpas por comentários que são indecentes, divisivos, elitistas e ferem os valores da nossa nação.”

Michael Steele, primeiro presidente negro do Comitê Nacional Republicano, disse que a evidência é “incontestável” e que Trump é um racista. A democrata Hillary Clinton, que perdeu a eleição para Trump em novembro de 2016, também atacou o presidente, afirmando que ele é um “ignorante” e “racista” em sua conta de Twitter.

Mais cedo, em uma série de tuítes, Trump reafirmou a defesa de uma imigração com base em um sistema de mérito e negou que tenha usado a expressão “países de merda” para se referir a Haiti, El Salvador e a países africanos. Toda a polêmica ocorreu numa reunião para salvar o Daca – programa que protege 800 mil imigrantes ilegais chegados aos EUA ainda crianças ou adolescentes, revogado pelo presidente. Há um prazo até março para encontrar uma solução para estas pessoas, dentro de um acordo que prevê a construção do muro na fronteira com o México e regras ainda mais duras de imigração. Mas Trump rejeitou o plano bipartidário proposto por senadores, dizendo que o projeto não financiava adequadamente o muro.

“A expressão usada por mim na reunião sobre o Daca foi dura, mas essa não foi a expressão usada. O que foi realmente duro foi a estranha proposta feita – um grande passo para trás para o Daca!”, escreveu Trump na rede social.

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https://www.osul.com.br/donald-trump-desmentiu-o-xingamento-haiti-el-salvador-e-nacoes-africanas-mas-polemica-isolou-ainda-mais-os-estados-unidos-com-grandes-danos-de-imagem-que-podem-reduzir-sua-influencia-global/ Donald Trump desmentiu o xingamento a Haiti, El Salvador e nações africanas, mas a polêmica isolou ainda mais os Estados Unidos, com grandes danos de imagem que podem reduzir a sua influência global 2018-01-13
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