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Mundo Donald Trump enfrentou uma péssima semana, graças ao coronavírus, à queda nas bolsas de valores e à vitória de Joe Biden, seu inimigo político, nas primárias do Partido Democrata

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Trump afirmou que está relutante em falar sobre a questão, mas que o país pode estar a caminho de um resultado com menos mortes do que foi projetado. (Foto: Reprodução)

O presidente Donald Trump já estava tendo uma semana difícil na segunda-feira (2). O coronavírus estava se alastrando, as Bolsas estavam em queda e sua administração estava sendo criticada por uma reação inadequada à crise de saúde.

Então chegou a terça-feira (3). Joe Biden, que Trump tanto tentou retratar como corrupto que seus esforços para fazê-lo levaram ao processo de impeachment, teve uma das viradas políticas mais espantosas da história recente.

O ex-vice-presidente ganhou em dez estados e se colocou ao lado do senador Bernie Sanders na liderança da corrida pela indicação a candidato presidencial democrata.

As ações americanas voltaram a subir na quarta-feira (4), fechando em alta de quase 1.200 pontos, algo que representou uma boa notícia para um presidente que aposta tudo numa economia forte.

A má notícia foi a razão da recuperação citada por muitos analistas: as vitórias de Biden na Super Terça.

Para Trump, cuja fé em sua capacidade de moldar os acontecimentos externos é fonte de tranquilidade para ele, nesta semana o vem forçando a confrontar a verdade de que quase nada está sob seu controle neste momento.

Trump lidou com o coronavírus, a primeira crise externa de sua administração, repetindo uma sequência de mentiras, em vez de tranquilizar a população.

Ele declarou falsamente que haverá uma vacina pronta em questão de meses, sendo que na realidade ela só estará disponível dentro de mais de um ano.

E sua insistência em que sua administração merece nota “A+++” por sua resposta ao coronavírus não vem ajudando a tranquilizar os mercados assustados nem o eleitorado ansioso.

Não é de hoje que há uma desconexão entre o modo como Trump encara a política e como seus assessores mais experientes a enxergam.

Nas últimas semanas, ele voltou sua atenção a Bernie Sanders e a seu rival de longa data, Michael Bloomberg.

Mas vários assessores dele, falando reservadamente, disseram na quarta-feira que não se surpreenderam com o fato de os democratas terem se unido em torno de Biden, mesmo que Trump não esperasse por isso.

E eles previram uma campanha cansativa daqui para frente, com a corrida presidencial brutal de 2016 contra Hillary Clinton na memória, de como Trump vai tentar desqualificar seus rivais, enquanto os eleitores na terça-feira pareceram ter dado preferência a um candidato que projetou estabilidade e calma, e não turbulência e incertezas.

Funcionários da campanha de Trump disseram na quarta-feira que enxergam Biden como uma “versão light de Hillary Clinton”, um candidato que, segundo eles, vai gerar pouco entusiasmo por seus próprios méritos, mas ganhar força devido à oposição ao presidente e a Bernie Sanders entre os democratas.

Eles disseram que pretendem solapar o apoio do eleitorado negro a Biden, destacando o fato de o ex-vice-presidente ter votado pela lei criminal de 1994, hoje controversa, e ao mesmo tempo promovendo e elogiando o trabalho de Trump com a reforma da justiça criminal.

E eles disseram que vão tentar destacar seu apoio a políticas comerciais, como a Parceria Transpacífica, um acordo que teve origem sob o governo do presidente Barack Obama.

Mas eles enfrentam um desafio difícil. Obama continua altamente popular entre os eleitores democratas, e ressaltar a colaboração de Biden com ele pode simplesmente energizar seus partidários a comparecer às urnas para votar em novembro, caso ele seja o candidato democrata.

A frustração de Trump com os resultados das eleições ficou evidente em um de seus posts no Twitter na manhã de quarta-feira – uma diatribe ácida contra Jeff Sessions, o ex-secretário da Justiça forçado a enfrentar um segundo turno na disputa por sua antiga vaga no Senado no Alabama.

Trump ainda o vê como culpado pelo investigação de dois anos que buscou apurar uma possível conspiração entre sua campanha de 2016 e autoridades russas.

Ficou claro que o esforço do presidente para ditar os contornos da disputa presidencial democrata vem tendo pouco efeito.

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