Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de julho de 2016
O dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, chegou ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, por volta das 4h20min deste sábado (02). O empresário foi preso assim que desembarcou no terminal, de onde saiu escoltado por agentes da PF (Polícia Federal) e de cabeça baixa, sem responder a perguntas de jornalistas que estavam no local. Ele veio em um voo de Roma, na Itália.
Cavendish – alvo da operação Saqueador, deflagrada pela PF para combater a lavagem de dinheiro e o desvio de verbas em obras públicas – passou pelo IML (Instituto Médico Legal) e, pouco antes das 6h, chegou ao presídio Ary Franco, na Zona Norte da cidade. Às 6h20min, o advogado do empresário esteve no presídio e afirmou que Cavendish nem deveria ter sido preso. O defensor deixou o local cerca de 10 minutos depois e disse apenas que a ideia é soltar o ex-dono da Delta ainda neste sábado.
A Delta é suspeita de lavar R$ 307 milhões e de cometer irregularidades em obras do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e na construção do parque aquático Maria Lenk, usando no Pan de 2007.
Segundo os agentes da PF, Cavendish já sabia que era aguardado pela polícia no aeroporto. Ele teve a prisão decretada, mas, nesta sexta-feira (01), o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu o direito à prisão domiciliar.
A decisão vale também para outros quatro réus: Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e os empresários Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu, que assim como Cachoeira foram presos na quinta-feira (30). Eles e Cavendish são acusados desviar R$ 370 milhões dos cofres públicos. (AG)