Segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2025
O banqueiro Daniel Vorcaro, dono e presidente do Banco Master, foi transferido nessa segunda-feira (24) da superintendência da Polícia Federal em São Paulo para um presídio em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. A informação foi confirmada pela defesa do empresário e pela SAP (pela Secretaria de Administração Penitenciária).
O controlador do Banco Master, agora preso no Centro de Detenção Provisória 2, estava na carceragem da PF desde que foi preso na noite do último dia 17.
A prisão preventiva (sem tempo determinado) foi mantida na audiência de custódia realizada no dia seguinte e, dias depois, por uma juíza do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que viu riscos às investigações na possibilidade de soltura dele.
Nessa segunda, advogados de Vorcaro entraram com novo pedido de habeas corpus, desta vez no STJ (Superior Tribunal de Justiça), como informou a coluna Mônica Bergamo. Eles argumentam que a prisão é ilegal, não tem base em fatos novos e poderia ser substituída por medidas cautelares.
Durante o fim de semana, a defesa do banqueiro divulgou uma série de documentos para contestar a base da investigação da Polícia Federal que culminou na liquidação extrajudicial do banco.
Os documentos, que incluem notas do Banco de Brasília (BRB) e ofícios do Banco Central (BC), são usados pela defesa para alegar que o suposto crime de fraude ou prejuízo de R$ 12,7 bilhões é um “fato inexistente”, pois o Master agiu em “boa-fé” para proteger o BRB de qualquer perda.
Em nota, a defesa do banqueiro afirma que “as carteiras objeto da investigação criminal jamais foram transferidas definitivamente ao BRB, que não as detém, em razão das ações tempestivas adotadas de boa-fé pelo próprio Banco Master”.
Investigações do BC, Ministério Público Federal e Polícia Federal mostraram que o Banco Master teria vendido ao BRB carteiras de consignado forjadas no valor de R$ 12,2 bilhões, o equivalente a mais de 20% das operações de crédito do banco de Brasília.
Os advogados afirmam, no entanto, que, ao identificar que a documentação das operações adquiridas de terceiros estava fora do padrão, o próprio banco teria iniciado a substituição dos ativos, evitando o prejuízo ao BRB. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.