Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2024
Apesar de Dorival não ser unanimidade, o histórico das Copas do Mundo sustenta a opção de um treinador brasileiro para a equipe nacional.
Foto: São PauloEm um curto intervalo de nove dias o cenário de 2024 da Seleção Brasileira virou de cabeça para baixo. Se antes havia garantias do acerto com o italiano Carlo Ancelotti, os rumos mudaram com a renovação do técnico com o Real Madrid. Desde a semana passada, o enredo ganhou contornos mais extravagantes, com o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e a troca de Fernando Diniz por Dorival Júnior no comando técnico.
Desde a eliminação para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em dezembro de 2022, a Seleção Brasileira não tem treinador definitivo. Passaram os interinos Ramon Menezes e Diniz e foram especulados vários nomes internacionais, incluindo Ancelotti, José Mourinho, Pep Guardiola, Abel Ferreira e Jorge Jesus.
Comando brasileiro
Apesar de Dorival não ser unanimidade, o histórico das Copas do Mundo sustenta a opção de um treinador brasileiro para a equipe nacional. As estatísticas vão ao encontro da escolha por um técnico brasileiro no comando da seleção canarinho. Nas 22 Copas do Mundo disputadas até aqui, jamais uma seleção ergueu a taça sendo liderada por um treinador de outra nacionalidade.
O Brasil foi campeão cinco vezes, em todas sob o comando de brasileiros: Vicente Feola (1958), Aymoré Moreira (1962), Mário Zagallo (1970), Carlos Alberto Parreira (1994) e Luiz Felipe Scolari (2002). O mesmo ocorre com todas as outras sete seleções campeãs do mundo, como Alemanha, Itália, Argentina, Uruguai, França, Inglaterra e Espanha.
Para chegar à Copa de 2026, o Brasil não tem missão complicada, basta ficar entre os seis primeiros colocados das Eliminatórias Sul-Americanas. Hoje há mais dúvidas sobre a continuidade de Ednaldo Rodrigues no comando da CBF do que sobre a ida do País ao Mundial.
Em fevereiro, o imbróglio envolvendo Ednaldo e opositores deverá ser pautado para análise colegiada na Suprema Corte. Por enquanto, Ednaldo preside a entidade por efeito de uma liminar concedida por Gilmar Mendes, que suspendeu a validade de uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) sobre um Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela CBF e o Ministério Público que garantiu a realização da eleição que alçou Ednaldo ao cargo de mandatário da entidade.