Por Redação O Sul | 9 de julho de 2019
O mais recente levantamento divulgado pela SMS (Secretaria Municipal da Saúde) aponta 413 casos confirmados de dengue em Porto Alegre desde janeiro deste ano. Desse total, 397 foram autóctones, ou seja, contraídos dentro da própria cidade. Como bairro de maior incidência da doença aparece o Santa Rosa de Lima (Zona Sul), com 318 infectados.
Os outros 79 casos contraídos na cidade estão divididos em 18 bairros: Bom Jesus (17), Jardim Lindoia (15), Jardim Floresta (13), Sarandi (7), Rubem Berta (6), Jardim Carvalho (6), Jardim Leopoldina (2), Floresta (2) e Mario Quintana (2), Cristo Redentor (1), Sétimo Céu (1), São Sebastião (1), Vila Ipiranga (1), Jardim São Pedro (1), Morro Santana (1), Vila Nova (1), Lomba do Pinheiro (1) e Partenon (1).
Já os 16 casos “importados” (contraídos fora da cidade) envolvem moradores da capital gaúcha cujos locais prováveis de infecção são Canoas, Marechal Cândido Rondon (PR), Fernando de Noronha (PE), Palmas (TO), Belém do Pará (PA), Vitória (ES), Betim (MG), São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Dourados (MT) e Teresina (PI).
Os números são do boletim emitido pela Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da SMS e estão sujeitos à revisão. Em 2019, mais de 90 pulverizações foram feitas nos bairros com transmissão confirmada.
De acordo com orientações do Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores da SMS, neste período em que o número de adultos de Aedes aegypti diminui em função do frio, algumas medidas podem ser adotadas para eliminar os ovos deixados no ambiente, que darão origem à nova população de mosquitos quando esquentar. “Esses ovos foram colocados pelas fêmeas em locais passíveis de acúmulo de água”, reforça o médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior.
Orientações
– Recolher do pátio o material que pode ser descartado (latinhas, potes plásticos, garrafas PET, vidros, copos descartáveis), colocando em saco plástico para coleta seletiva do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana);
– Limpar com esponja e sabão a parte interna de utensílios domésticos e de jardinagem, como baldes, bacias, potes e regadores. Após, colocá-los secos em local coberto. A mesma limpeza deve ser feita com os pratinhos de vasos de plantas;
– Utilizar o mesmo método para limpar a borda interna de caixas d’água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva;
– Limpar também com esponja e sabão as paredes dos ralos de escoamento de águas da chuva (o mesmo vale para piscinas infantis que tenham sido deixadas no pátio – depois do uso, devem ser guardadas secas em local coberto);
– Nas áreas onde houve transmissão viral, além de revisar os imóveis uma vez por semana, eliminando qualquer foco de água parada e lixo, os moradores devem adotar medidas preventivas individuais, como uso de repelente corporal e elétrico;
– No caso de sintomas compatíveis com a dengue (febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, pintinhas vermelhas na pele, fraqueza, dor muscular e nas juntas, náuseas e vômitos), a orientação é procurar atendimento de saúde o mais rapidamente possível.
(Marcello Campos)
