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Geral Dossiê, ataques bolsonaristas e “falta de convergência”: saiba o que impediu ida de médica para o Ministério da Saúde

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Médica da USP e do InCor disse que a situação nos hospitais públicos ainda deve ter piora. (Foto: Reprodução)

O encontro na manhã desta segunda-feira (15) que pôs fim à possibilidade de a cardiologista Ludhmila Hajjar ser nomeada ministra da Saúde ocorreu em meio a pressões de aliados do presidente Jair Bolsonaro para impedir a escolha da médica. Segundo auxiliares, Bolsonaro já havia desistido de formalizar o convite para a médica antes mesmo que ela anunciasse que recusaria a proposta. Apesar de ter se reunido na manhã desta segunda no Palácio do Planalto, a cardiologista e intensivista já havia sido desconsiderada na noite de domingo para o cargo, de acordo com relato desses auxiliares. Já a médica sustenta que foi ela quem recusou o convite, declarando isso ao presidente na reunião.

Bolsonaro recebeu um dossiê com compilação de críticas de Ludhmilla ao governo pela condução da pandemia da Covid-19, incluindo uma live com a ex-presidente Dilma Rousseff. O material, junto com a ofensiva da militância bolsonarista, foi considerado decisivo para descartá-la.

Na noite de domingo, no entanto, a médica em conversas com integrantes do governo ainda se mostrava disposta a assumir o lugar do atual ministro Eduardo Pazuello, dizendo que estava “pronta” para o cargo se de fato o convite fosse feito, o que não ocorreu. Segundo interlocutores do Planalto, Bolsonaro ironizou o fato de a médica declarar não ter aceito o convite, sendo que isso não teria sido formalizado.

Apoiada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e por integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ludhmilla se reuniu no domingo com Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Em uma conversa de quatro horas e que teve a participação de Pazuello, o presidente também não formalizou o convite e tratou a reunião como uma “entrevista” para saber como serial uma eventual gestão dela.

Na conversa, segundo auxiliares do governo, a médica adotou um discurso sob medida para o presidente e disse que o lockdown era uma medida extrema que não poderia ser adotado nacionalmente. E, apesar das críticas feitas por ela no passado, demostrou intenção de seguir as diretrizes do Planalto.

Após a reunião com Bolsonaro nesta segunda, a médica, em entrevista à CNN, disse que não assumiu o cargo por falta de “convergência” com o presidente, que teria demostrando preocupação de a gestão de não agradar alguns grupos. Ela também relatou ter sido ameaçada por grupos bolsonaristas que chegaram a tentar invadir o hotel onde está hospedada em Brasília.

“Eu sou médica, sou uma cientista, sou uma especialista em cardiologia e unidade de terapia intensiva. Toda a minha expectativa em relação à pandemia, o que eu vi, o que eu aprendi, está acima de qualquer ideologia, de qualquer expectativa que não esteja pautada em ciência”, disse a médica. As informações são do jornal O Globo.

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