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Notas Mundo Durante encontro com o presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, o líder eleito da Argentina anunciou um ex-vice-presidente de seu país como embaixador no Brasil

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Alberto Fernández recebeu Rodrigo Maia em Buenos Aires nessa quinta-feira. (Foto: Divulgação)

Durante encontro em Buenos Aires com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder eleito da Argentina, Alberto Fernández, anunciou que o ex-vice-presidente do país vizinho durante o governo de Néstor Kirchner (2003-2007), Daniel Scioli, será o seu embaixador no Brasil. Fernández assume o cargo na semana que vem.

Ele também confirmou alguns dos principais nomes responsáveis pela diplomacia do país durante. Um deles é Felipe Solá, governador da província de Buenos Aires (que não tem ingerência sobre a capital) entre 2002 e 2007, que comandará o Ministério de Relações Exteriores.

Em entrevista à imprensa, Scioli disse que os dois países “têm uma agenda muito ampla de interesses e isso vai se sobrepôr ao incômodo inicial”, referindo-se à troca de críticas e insultos entre Jair Bolsonaro e Fernández durante a campanha eleitoral argentina.

O futuro embaixador afirmou também que há coincidências nos pontos de vista dos dois países em relação à Venezuela —ainda que Fernández, diferentemente de Bolsonaro, não chame o regime de Nicolás Maduro de ditadura. “Nenhum dos dois quer uma intervenção militar, e queremos que a Venezuela se redemocratize.”

Maia

Os anúncios sobre a diplomacia argentina foram feitos nessa quinta-feira, no encontro com Rodrigo Maia. O anfitrião estava acompanhado do líder peronista da Câmara de Deputados da Argentina, Sergio Massa.

“Meu primeiro gesto com relação ao Brasil é enviar como embaixador alguém a quem dou muito valor”, frisou Fernández no encontro. “Temos um destino comum, temos que cuidar que nenhuma conjuntura altere nossa relação. O Brasil é um irmão com outro idioma.”

Também ex-governador da província de Buenos Aires (2007-2015), Scioli foi o principal candidato peronista na eleição presidencial de 2015. Apoiado pela então presidente do país, Cristina Kirchner, ele recebeu durante a campanha eleitoral a visita e o endosso tanto de Luiz Inácio Lula da Silva quanto de Dilma Rousseff.

Na ocasião, Scioli terminou o primeiro turno na liderança, mas acabou derrotado no segundo por Mauricio Macri. Ele cogitou, inclusive, disputar o comando do país outra vez no pleito deste ano, mas acabou desistindo e apoiando Fernández – que tem Cristina como vice. A chapa derrotou Macri no primeiro turno.

Apresentando-se como disposto a ser “um homem de ação” e a “dirimir conflitos”, Scioli disse que continua amigo do ex-presidente Lula e que pretende retomar a relação com ele quando estiver no Brasil. Ele admite, porém, ainda não dominar o idioma português: “Eu entendo, mas não sei falar bem ainda. Estou ouvindo muito Roberto Carlos, sempre gostei de música brasileira”.

Recado a Bolsonaro

Desde a campanha, Fernández e o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, têm trocado críticas. Antes da eleição, o agora presidente eleito havia dito que Bolsonaro era “racista, misógino e violento”. Já o brasileiro, que disse abertamente torcer pela vitória de Mauricio Macri, afirmou após a eleição que os argentinos tinham “escolhido mal” e que não cumprimentaria o presidente eleito.

No encontro desta quinta com Fernández, Maia afirmou que “o papel do Brasil é respeitar a decisão dos argentinos”, de acordo com o jornal Clarín. Após a reunião, ele usou uma rede social para defender a relação entre os dois países, mas não citou Bolsonaro: “A Argentina é o parceiro mais importante do nosso país e, portanto, Brasil e Argentina são mais fortes quando estão juntos. A nossa visita hoje veio consolidar ainda mais esta parceria”.

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