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E-mails revelam que o Facebook pensou em vender dados pessoais dos usuários

O Facebook chegou a liberar alguns dados de usuários - como nome, data de nascimento. (Foto: Reprodução)

Você já pensou o quanto as informações sobre a sua vida podem custar para o mercado financeiro? Mark Zuckerberg, cofundador e diretor executivo do Facebook, sabe e por muito pouco não ofereceu os dados dos usuários de uma das maiores redes sociais da atualidade para outras empresas. A revelação do plano foi feita, ontem, pelo jornal americano ‘Wall Street Journal’, que teve acesso a e-mails internos que foram trocados, entre 2012 e 2014, pelos funcionários da rede.

Naquele período, o Facebook chegou a liberar alguns dados de usuários – como nome, data de nascimento, fotos, preferências e páginas curtidas – para desenvolvedores de aplicativos, mas sem cobrar nada por isso. A ideia era avaliar como as empresas utilizavam as informações e, mais tarde, cobrar por elas. De acordo com o ‘Wall Street’, nos e-mails que fazem parte da investigação, é possível ver que a intenção era liberar o acesso aos dados individuais para empresas que gastassem 250 mil dólares anuais com publicidade na plataforma.

Segundo uma porta-voz do Facebook, em nota ao jornal, houve um debate interno sobre a cobrança de informações, em um momento em que a empresa ainda tentava “criar um negócio sustentável”.

A rede social declarou, em nota para o site Ars Technica, que “o Facebook nunca vendeu dados de nenhum de seus usuários” e que não pediu aos desenvolvedores de aplicativos que pagassem pelo uso de informações “nem de forma de direta, nem comprando anúncios”.

Em recente entrevista para o canal CNN Business, Mark Zuckerberg disse que, apesar de todas as polêmicas envolvendo o Facebook, ele não pretende deixar o cargo.

No mês de abril, durante audiência no Congresso norte-americano, Zuckerberg foi direto ao dizer que nunca forneceu dados dos membros da rede, em troca de dinheiro. “Não posso ser mais claro neste assunto: não vendemos informações”, enfatizou. Na ocasião, quase 90 milhões de usuários tiveram seus dados vazados para a Cambridge Analytica, empresa responsável pela campanha presidencial de Donald Trump.

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