Mundo É mais fácil Hillary Clinton ganhar a eleição para a presidência dos Estados Unidos do que ser eleita miss Simpatia
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2016
É mais fácil Hillary Clinton vencer as eleições americanas – ela tem 79% de chance de virar presidente dos EUA, segundo o site do estatístico Nate Silver – do que um concurso de Miss Simpatia. Segundo a média de pesquisas compilada pelo site Real Clear Politics, 55,6% dos eleitores a veem negativamente. Em sondagem da rede CBS, seis em dez entrevistados disseram não compactuar com seus valores. Para 64%, ela não é honesta e confiável.
Mas não foi sempre assim. Entre 1993 e 2013, quando enfileirou as funções de primeira-dama, senadora de Nova York e secretária de Estado, sua popularidade estava em alta, segundo o histórico de taxa de aprovação do Centro de Pesquisa Pew. Quando o marido, Bill Clinton, entrou na Casa Branca, 60% dos eleitores gostavam dela. Após ele admitir um caso com Monica Lewinsky, em 1998, dois em cada três americanos disseram admirar sua decisão de apoiá-lo.
O auge foi em novembro de 2009: 66% apreciavam a chanceler, capa naquele mês da revista “Time”, que a chamou de “celebridade global”.
O que mudou? Hillary quis virar presidente, e nunca esteve tão perto de conseguir, diz Joshua Dienstag, da Universidade da Califórnia (EUA). “Ela entrou na corrida e ganhou uma cobertura mais hostil da imprensa.”
Aconteceu antes: em abril de 2008, sua aprovação caiu para menos de 50% pela primeira vez em cinco anos. Era o ápice das primárias democratas, que disputou com Barack Obama. “Esse padrão pode atingir qualquer candidato”, afirma Dienstag. “O presidente, por exemplo, nunca foi tão querido quanto agora, sem concorrer a nada. Mas talvez seja pior para uma mulher.” E Hillary é a primeira delas a pleitear a Casa Branca por um grande partido.
“Workaholic”.
Em artigo, o colunista do “New York Times” David Brooks apontou que a “workaholic” Hillary parece “menos um ser humano”, com quem o eleitor pode se identificar, “e mais com o avatar de uma corporação”.
“Sabemos o que Obama faz para se divertir – golfe, basquete, etc. Sabemos, infelizmente, como [Donald] Trump se diverte.”
Para a democrata, a severidade já foi vista como sinônimo de liderança eficaz. O meme (piada popular na internet) “Textos de Hillary” viralizou uma foto sua de 2011, de óculos escuros e atenta ao smartphone. Em uma montagem, Obama aparece rindo sob a legenda: “Ela vai amar esse vídeo do Justin Bieber”. Na sequência, o retrato de Hillary: “De volta ao trabalho, garoto”.
Há, ainda, um fator machista na equação. Hoje, só 39% dos homens dos EUA a veem com bons olhos. Esta é a taxa mais baixa desde 1992, quando a então futura primeira-dama declarou: “Poderia ter ficado em casa fazendo biscoitos, mas decidi correr atrás da minha profissão.”
Desconfiança.
Hoje, é a desconfiança do americano médio que mais pesa contra ela, por episódios como o uso de e-mail privado para comunicações com funcionários do Departamento de Estado, quando foi a chefe da diplomacia americana.
Sua primeira derrapada ética, segundo críticos, remete a 1993: ela teria mentido sobre não ter a ver com a demissão de sete funcionários da Casa Branca, dispensados para acomodar aliados dos Clinton. (Folhapress)
Deixe seu comentário
Últimas
Porto Alegre Secretaria da Saúde de Porto Alegre alerta para riscos do consumo de água de fontes alternativas
Rio Grande do Sul Desastres naturais, como chuvas no Rio Grande do Sul, custaram mais de R$ 105 bilhões ao País; RS prioriza resgates
Rio Grande do Sul Tim, Vivo e Claro liberam internet grátis em cidades afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul Instituto Nacional de Meteorologia emite alerta de tempestade para Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul Presidente do Tribunal de Justiça do RS defende medidas emergenciais para o atendimento das vítimas das enchentes
