Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de março de 2016
Carlos Velloso já foi ministro e presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça), lecionou Direito Constitucional na PUC de Minas Gerais e na Universidade de Brasília. Também publicou mais de 20 livros. Olhando o redemoinho político, econômico, moral, social e ético à sua volta, ele tirou duas conclusões. A primeira é de que, na conturbação geral, “resta incólume o Judiciário”. Já a segunda é de que o Brasil está construindo uma consciência ética, desde a Constituição Federal de 1988.
As convicções de Velloso são reforçadas pelo desempenho recente de instituições como Polícia Federal e Ministério Público, além da adoção de diversas leis voltadas à transparência e ao combate à corrupção. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele criticou o foro privilegiado e ironizou a versão de que há, no STF, ministros partidários dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso ou Luiz Inácio Lula da Silva. “Só um presidente mau caráter seria capaz de pedir, ao ministro que indicou, algo capaz de emporcalhar sua biografia”, defendeu.
Velloso elogiou o juiz federal Sérgio Moro. “Ele tem atuado com severidade, o que é bom, mas com critério e respeito ao processo legal”, ponderou. Ele também disse concordar com a defesa que varias autoridades têm feito ao STF e ao STJ. (AE)