Segunda-feira, 02 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2022
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) caiu quase 1% em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado. De acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira (17) pelo BC (Banco Central), a queda foi de 0,99%, considerando o percentual já dessazonalizado para compensar eventuais diferenças entre os períodos, como o número maior de feriados ou fins de semana. Com a variação, o indicador fechou o mês em 138,48 pontos.
O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: a indústria, o comércio e os serviços e a agropecuária, além do volume de impostos.
Segundo o BC, na comparação com janeiro de 2021, o IBC-Br registrou variação positiva de 0,01%. Na comparação com os três meses anteriores, o IBC-Br ficou em 0,19% e no acumulado em 12 meses avançou 4,73%.
O índice, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros (Selic), definida na quarta-feira (16) pelo banco em 11,75% ao ano.
Previsão do PIB é revista
Nesta quinta-feira, o Ministério da Economia diminuiu a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro para este ano. Com a redução, a estimativa de crescimento passou de 2,1% para 1,5%. Para o próximo ano, foi mantida a projeção de crescimento de 2,5%.
Os números constam do Boletim Macro Fiscal e do Panorama Macroeconômico, ambos produzidos pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia e apresentados em entrevista coletiva virtual com a participação de autoridades da Pasta.
O titular da SPE, Pedro Calhman, apresentou os critérios utilizados para a revisão das projeções, detalhando os fatores que levaram à revisão da estimativa para o PIB de 2022. Calhman citou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recentemente revisou a série história do PIB e que o crescimento do nível de atividade ao final de 2021 ficou um pouco abaixo do projetado.
“Esses fatores reduziram o carrego estatístico [carry over] para o PIB de 2022”, declarou. Em relação ao futuro, Calhman disse que a expectativa para o crescimento global tem caído – embora ainda esteja elevado – e as condições financeiras estão mais restritivas. “Ambos os fatores foram agravados pela guerra na Ucrânia, que impactou nossas projeções. Porém, olhando para a frente, os fundamentos que sustentam a nossa projeção de crescimento do PIB em 2022 continuam presentes”, afirmou.
Além da redução do PIB, o governo aumentou a previsão da inflação para este ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou de 4,7% para 6,55%. As informações são da Agência Brasil e do Ministério da Economia.