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Agro Economista-chefe da Farsul avalia a competitividade da agropecuária no Mercosul

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Ele avalia a relevância de eventos como este, pois só a partir de debates poderemos avançar como sociedade. (Foto: Banco de Dados/o Sul)

O economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, apresentou na manhã desta quarta-feira um estudo sobre a competitividade da agropecuária brasileira no Mercosul. Ele iniciou a explanação detalhando o Art. Nº 34 do Tratado de Lisboa sobre o Funcionamento da União Europeia (TFEU) , que “proíbe restrições quantitativas e todas as medidas de efeito equivalente”, entre os Estados Membros”.

Ele trouxe o exemplo de um produtor francês, que ao desejar adquirir uma máquina na Alemanha, um agroquímico na Itália e um fertilizante na Holanda, realiza sua compra com facilidade, entrando livremente em seu país como se estivesse apenas cruzando a fronteira de uma cidade.

Num paralelo com esta realidade, o economista abordou a situação do Mercosul, mencionan do  que o custo de se produzir grãos no Brasil chega a ser em média 79% mais caro que o custo Argentino e 32% mais oneroso que o custo Uruguaio. O peso dos impostos, somado à queda nos preços das commodities, vêm causando redução no lucro do produtor. As dificuldades de adquirir insumos do exterior agrava a inda mais a situação que já causa o aumento do desinteresse do produtor pelo trigo. O presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, alerta que a manutenção desse quadro pode causar, em breve, impactos no cultivo do arroz. “Os resultados de safra que temos este ano são graças ao empenho do produtor de buscar cada vez mais a produtividade. Mas estamos enfrentando uma situação de safra cheia e bolso vazio. O produtor vem diminuindo cada vez mais a sua margem e está vendendo até abaixo do custo de produção para poder sobreviver”.

Segundo o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, a competitividade do produtor brasileiro é prejudicada pelas dificuldades impostas na importação. Enquanto argentinos e uruguaios podem adquirir insumos a preço de mercado internacional, no Brasil a compra de máquinas e equipamentos e outros produtos sofre uma série de restrições para proteger a indústria brasileira. As requisições de inspeções e liberações de departamentos técnicos, além da incidência de taxas, impostos de importação, PIS/Cofins, ICMS são mecanismos que fecham o país para a livre concorrência. Da Luz esclarece que uma das soluções seria remover os entraves burocráticos para que os produtores brasileiros consigam diminuir os seus custos de produção ao acessar produtos nos mercados que tiverem as melhores ofertas.

Com isso ele, quis mostrar ao público o quanto o Brasil é um País fechado, com medidas restritivas à competitividade, passando por processos burocráticos e diversos impostos a serem pagos, o que inibe negócios fora do Mercosul.

Segundo o economista-chefe da Farsul, o Brasil já não tem competitividade na produção do trigo e está perdendo esta competitividade também para o arroz e o leite. A soja e o milho já estão nesta fila, onde a produção tem alto custo e lá fora os preços são mais atraentes. “Não estamos questionando práticas comerciais das empresas fornecedoras. O modelo de desenvolvimento brasileiro é que está errado. O Brasil trata empresas multinacionais como se fosses empresas nascentes e nacionais”. Segundo Antonio da Luz, se isto não mudar, o Brasil vai perder posição no agronegócio. Hoje, alimenta o mundo e vai passar a alimentar apenas a si próprio.

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