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Brasil Economistas projetam alta de 0,7% no PIB do Brasil para o 1º trimestre. Chuva no RS deve afetar resultado do ano

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Expansão de 0,8% do PIB confirmou o diagnóstico de reaquecimento da atividade doméstica. (Foto: Reprodução)

Após passar a última metade de 2023 andando em marcha lenta – alta de 0,1% no terceiro trimestre e estabilidade no quarto, a economia brasileira deve ter reacelerado nos três primeiros meses de 2024, ajudada por uma combinação de impulso fiscal, mercado de trabalho pujante e o início da colheita das principais culturas agrícolas de exportação.

De olho na largada promissora no início do ano, inclusive, alguns economistas já embutiam viés de alta em suas projeções de atividade. O cenário para 2024, no entanto, ficou completamente nublado com a tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Segundo a mediana das estimativas de 73 consultorias e instituições financeiras coletadas em pesquisa do Valor, a economia brasileira cresceu 0,7% no primeiro trimestre, na comparação com três meses anteriores. Em relação a igual trimestre do ano passado, a mediana de 71 casas indica alta de 2,2%.

O intervalo das projeções colhidas para a variação na margem tem piso em 0,4% e teto de 1,2%. O IBGE divulga o resultado na próxima terça-feira (4).

A estimativa para a atividade no primeiro trimestre veio mais forte que o esperado em relação às projeções do início do ano. Na última pesquisa Valor, divulgada no fim de fevereiro, a mediana apontava alta de 0,4% na comparação trimestral.

“O primeiro trimestre surpreendeu. No fim do ano passado, tínhamos uma alta perto de 0,3% no período. Já se esperava uma agricultura fraca no ano, mas estamos antecipando um número bastante forte no primeiro trimestre. O comércio também veio melhor que o esperado e acabou puxando os serviços. Isso melhorou o desempenho pelo lado da oferta”, afirma o economista-chefe do banco Bmg, Flávio Serrano, que espera avanço de 0,6% ante o fim de 2023.

Com base em 35 projeções coletadas, o setor de serviços deve ter crescido 0,5% nos três primeiros meses do ano. Já a mediana das estimativas para a agropecuária aponta avanço de 8,8% no período. No caso da indústria, o desempenho é mais contido: alta de 0,3%.

Segundo semestre deve ser marcado por recuperação do Rio Grande do Sul” — Flavio Serrano
O Bmg vê alta de 9,9% para agropecuária e 0,4% para os serviços no primeiro trimestre. Serrano pondera que o bom número do agro na comparação trimestral também vem por um efeito-base, já que a segunda metade de 2023 apresentou números bem fracos, após um primeiro trimestre forte. “Não é verdade que será um ano difícil para o setor. A questão é que 2023 foi espetacular. Veremos a manutenção de uma base muito forte, só que ligeiramente menor.”

“O que observamos no primeiro trimestre foi um bom ritmo de crescimento, assim como em 2023, quando o impulso ficou concentrado no início do ano. Parte da explicação vem dos estímulos fiscais do governo, como o pagamento de precatórios e o reajuste real do salário mínimo. Mas há também o impulso trazido pela agricultura, que sobe 4,7%”, diz Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

Otimismo

O banco está na ponta otimista das projeções para o período, com alta esperada de 1% para o PIB agregado. “Pela ótica da demanda, o destaque é o consumo, que beneficiou tanto serviços prestados às famílias quanto varejo, que teve desempenho surpreendente nos primeiros meses de 2024”, diz Moreno, citando fatores como o pagamento de R$ 90 bilhões em precatórios ao fim do ano passado e o reajuste real do salário mínimo.

A Rio Bravo Investimentos projeta alta de 0,4% na margem. “A projeção reflete atividade que ainda cresce, mas com desaceleração da indústria, comércio e serviços sob efeito da política monetária”, diz o economista Luca Mercadante. O setor externo, diz, deve ter contribuição negativa, com exportação crescendo 0,3% e importações em alta de 4,2%. Do lado da demanda, o consumo das famílias vem ainda forte, baseado em bom desempenho do mercado de trabalho, embora restrito por juros ainda altos, indica.

Entre as 30 casas que enviaram projeções, a mediana para o consumo das famílias foi de alta de 1,1%, sempre na comparação trimestral. Já para a formação bruta de capital fixo, foi de 3,8% – após queda de 3% em 2023.

Também na ponta positiva para 2024, o BRP vê um cenário mais otimista para a formação bruta de capital (FBCF, medida de investimentos no PIB). “Pelo lado da demanda, é o setor que puxa. Parte importante disso reflete mudanças que vieram lá de trás e que são cumulativas, como o marco regulatório do saneamento básico e o dinamismo da construção civil. As informações são do Valor.

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