Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2019
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que o aval dado pelo governo dos Estados Unidos à sua indicação como embaixador do Brasil em Washington é “motivo de orgulho” e confirma “o apoio e a confiança já expressas de viva voz pelo presidente Donald Trump”.
“Recebi com grande alegria a notícia da concessão, pelo governo norte-americano, do agrément para minha designação como embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América”, disse Eduardo. Ele voltou a comentar sua indicação para comandar a representação do Brasil nos Estados Unidos e afirmou que provavelmente será o “embaixador mais cobrado do mundo”.
“Se a resposta do Senado for positiva, irei para os Estados Unidos sabendo da responsabilidade. Sabendo que serei o embaixador provavelmente mais cobrado do mundo, devido aos fatos todos que estão ocorrendo antes da minha ida para a embaixada”, declarou o parlamentar.
Na linguagem diplomática, agrément é a consulta que o governo de um país fez a outro para saber se haveria algum obstáculo à designação do embaixador para o posto.
“O sinal verde dos Estados Unidos da América, portanto, é motivo de orgulho para mim, ao confirmar o apoio e a confiança já expressas de viva voz pelo Presidente Donald Trump na minha capacidade de ser um representante do Brasil à altura do desafio de construir uma nova relação bilateral. Um sentido verdadeiramente estratégico, para assim aprofundar a cooperação e promover a segurança, a prosperidade e o bem-estar de brasileiros e norte-americanos”, acrescentou o parlamentar.
Na semana passada, o presidente americano elogiou a indicação de Eduardo como embaixador em Washington e disse que não considerava o movimento nepotismo, como alegam críticos à indicação. Uma nota do deputado foi publicada pouco depois de Eduardo se reunir com o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Depois de deixar a chancelaria, o deputado manteve uma reunião com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo e favorito para relatar, na Comissão de Relações Exteriores, a designação de Eduardo para a embaixada em Washington. No encontro com Rodrigues, Eduardo disse a seu aliado que pretende realizar encontros com os senadores do colegiado a fim de reunir apoios e tentar diminuir a resistência a seu nome.
“Uma das principais missões do embaixador é colocar os dois chefes [de Estado] em contado direto. Tenho uma certa abertura por parte do presidente dos Estados Unidos, que inclusive uma vez quebrou o protocolo quando da visita oficial de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos e fez um elogio a mim. Então são fatos que realmente vão [me] gabaritando para assumir esse cargo. Aos poucos, as poucas pessoas que ainda não apoiam o meu nome… A gente vai conseguir esse apoio”, afirmou o parlamentar.
Filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo precisa ainda ser formalmente indicado pelo mandatário e confirmado pelo Senado para assumir a chefia da missão diplomática em Washington. O Itamaraty encaminhou a consulta formal ao Departamento de Estado dos EUA no final de julho. O retorno positivo foi encaminhado ao Brasil após cerca de duas semanas – tempo considerado curto para os padrões do governo americano.