Quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2025
O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou em live que planeja viajar para outros países para que eles também punam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Os Estados Unidos foram só o primeiro. Eu não vou parar. Vou para outros países. Sei que você planeja me prender através da Interpol. Vou tomar minhas precauções e vou seguir no meu sacrifício”, disse o parlamentar, celebrando que as suas redes sociais estão crescendo e que brasileiros pedem fotos com ele nas ruas dos Estados Unidos.
O parlamentar está desde fevereiro nos Estados Unidos articulando, junto a políticos da base do presidente Donald Trump, a aplicação de sanções contra o Brasil e contra líderes dos três poderes.
A aplicação de 50% de tarifas em diversos produtos brasileiros que são importados pelos Estados Unidos foi celebrada por Eduardo Bolsonaro como resultado de sua atuação junto a Trump.
O governo americano aplicou contra Moraes a Lei Magnitsky, que impõe sanções financeiras e restrições de viagem de estrangeiros aos Estados Unidos, e ameaçou uma extensão para familiares do ministro e pessoas próximas a ele.
Além de Moraes, Bolsonaro já alegou que, caso as demandas dos bolsonaristas não sejam realizadas, essa sanção também pode ser aplicada contra os presidentes do Legislativo, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP); e contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Eduardo Bolsonaro volta a receber salário da Câmara dos Deputados
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o início deste ano, voltou a receber o salário da sua atuação na Câmara dos Deputados neste mês, após ter se licenciado por 120 dias do cargo.
O afastamento do cargo encerrou no dia 20 de julho, em meio ao recesso parlamentar, o que fez com que os vencimentos dos dias restantes fossem referentes a mais de R$ 13.300.
Apesar disso, a Casa não deve repassar os próximos salários ao deputado já que foi emitida uma ordem de bloqueio do saldo. Os servidores que atuam para Bolsonaro devem seguir sendo remunerados, com valor total de mais de R$ 120 mil.
O bloqueio do salário, das contas bancárias, bens móveis e imóveis de Eduardo Bolsonaro foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido a atuação do parlamentar junto ao governo dos Estados Unidos para aplicação de sanções ao Brasil e a representantes dos Três Poderes. Com informações do portal Estado de Minas.