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Brasil Eduardo Bolsonaro reage ao procurador da República e pede que os Estados Unidos “atinjam Alexandre de Moraes e sua quadrilha”

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Procuradoria-Geral diz que pressão de Eduardo Bolsonaro por sanção dos EUA contra Moraes é uma tentativa de coação contra autoridades brasileiras. (Foto: Arquivo/EBC)

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro reagiu ao pedido da Procuradoria-Geral da República para o STF abrir um inquérito contra ele afirmando, em vídeo nas redes sociais, que o governo dos Estados Unidos tem uma “chance de ouro” de atingir o ministro Alexandre de Moraes “e a sua quadrilha tirânica com punições exemplares”.

“Esse inquérito consolida o ponto de não retorno. Não creio que o secretário de Estado Marco Rubio e o presidente Donald Trump irão acolher a narrativa da esquerda, desistindo de sancionar os maiores violadores de direitos humanos da história do Brasil”, diz o filho de Jair Bolsonaro na gravação.

No pedido que levou Moraes a decidir pela abertura de inquérito, Gonet argumentou que Eduardo Bolsonaro atuaria de modo a tentar coagir investigadores na esteira da ação que pode condenar seu pai e outros réus por
diferentes crimes.

“Desde o início do ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro vem, reiterada e publicamente, afirmando que está se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal”, diz o procurador-geral no pedido de 13 páginas.

“Os eventos narrados apontam, em suma, para a figura penal da coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal), do embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa (art. 2º, § 1º, da Lei n. 12.850/2013), não sendo de se excluir a pertinência do tipo descrito no art. 359-L do Código Penal. Há, portanto, elementos suficientes para a instauração de inquérito”, segue Gonet.

No pedido, o procurador-geral menciona postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa dadas por Eduardo.

“Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”, aponta a PGR.

Moraes abre investigação no STF contra Eduardo e determina depoimento de Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu um inquérito para investigar a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. O parlamentar, que é filho de Jair Bolsonaro, está licenciado do cargo e morando nos Estados Unidos desde fevereiro. O magistrado também ordenou o depoimento de Jair Bolsonaro para esclarecer a atuação do filho e por já ter declarado que o sustenta financeiramente no exterior.

Na decisão que autorizou a abertura da investigação, Moraes também acolheu o pedido da PGR e determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro preste “esclarecimentos a respeito dos fatos, dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”. Em relação ao deputado licenciado, o ministro autorizou que ele preste esclarecimentos por escrito.

Na decisão, Moraes afirma que a representação criminal do Ministério Público enumera “inúmeras publicações e mídias que, em tese, indicam a materialidade dos delitos e indícios suficientes e razoáveis de autoria”.

Antes de decidir pela abertura do inquérito, Moraes já havia determinado o levantamento do sigilo do pedido apresentado pela PGR.

No pedido encaminhado ao Supremo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, menciona postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa dadas por Eduardo Bolsonaro. As informações são da Revista Veja e portal O Globo.

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