Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
Em conversas com os seus advogados, o ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha voltou a dizer que não teria “estômago” para firmar um acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal), no âmbito da Operação Lava-Jato. A informação é de interlocutores com acesso ao réu.
No entanto, integrantes da defesa do polêmico ex-parlamentar do PMDB do Rio de Janeiro dizem que, após a delação de Joesley Batista, um dos proprietários do grupo frigorífico JBS/Friboi, ele não possui mais alternativa para sair da prisão, a não ser colaborar com a Justiça. A saída, então, passaria necessariamente por um acordo de colaboração – alvo de temores de boa parte da classe política nacional.
Já outros interlocutores do ex-parlamentar dizem que, diante de tantas delações, Cunha não teria mais uma cartada na manga para conseguiu o benefício da Justiça, informou a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Alvo de pelo menos quatro processos e 20 inquéritos, Cunha foi cassado no dia 12 de setembro do ano passado e preso desde 19 de outubro em Curitiba (PR). Em março, o juiz federal Sérgio Moro o condenou a 15 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, no âmbito da força-tarefa.