Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2016
Suspeito de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e apesar de todo o desgaste político, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reforçou na quinta-feira que se sente em condições de permanecer no cargo ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) o torne réu ao analisar as denúncias que recaem contra ele. O julgamento está marcado para quarta-feira, mas a expectativa dos ministros é de que a análise da denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) se estenda por duas sessões.
“Total, total [condições de permanecer na Presidência]. Já fui réu em outra ação aceita pelo Supremo em 2013. O Supremo decidiu por cinco a três. E depois fui absolvido por unanimidade. Todo mundo tem a presunção. Dou o meu próprio exemplo, já aconteceu comigo de eu ter sido declarado réu e depois absolvido”, disse o presidente da Casa.
Cunha, contudo, evitou polemizar ao ser perguntado se considera o fato de o Supremo ter agendado com brevidade seu julgamento como uma “perseguição”. É dessa forma que ele tem tratado o caso quando comenta o envio das denúncias que recaem contra si pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF. Se a acusação for acolhida pelos ministros, será aberta uma ação penal e o presidente da Casa vira réu e passa a responder às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. (Folhapress)