Segunda-feira, 06 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2015
O PSOL entregou na tarde desta terça-feira (13) ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados representação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na qual pede a cassação do mandato do peemedebista por quebra de decoro parlamentar. Denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de ter recebido 5 milhões de dólares em propina do esquema investigado pela operação Lava-Jato, na última semana Cunha teve seu nome ligado a contas secretas na Suíça.
O Ministério Público da Suíça informou à Procuradoria brasileira que Cunha foi investigado naquele país por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção, e que os valores depositados nas contas foram bloqueados. A investigação suíça já foi enviada ao Brasil.
O PSOL anexou à representação o ofício da Procuradoria Geral da República que confirma a existência de contas na Suíça atribuídas a Cunha e familiares do deputado. A representação foi assinada por 45 deputados, sendo 32 do PT, cinco do PSOL, dois do PSB, dois do Pros e um do PMDB (Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco).
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), afirmou que deve enviar nesta quarta-feira (14) a representação à Mesa Diretora da Câmara. Cabe à Mesa numerar o processo – ato que marca sua abertura – e devolvê-lo para tramitação no Conselho. A mesa tem o prazo de três sessões do plenário para devolver o processo. “Nessa comissão, não há hipótese de procrastinação”, afirmou Araújo.
Pelo regimento, o PSOL poderia acionar o conselho sem o apoio dos demais parlamentares. Mas o ato é visto como forma de ampliar o apoio político à investigação contra Cunha.