Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2015
Para o deputado federal e ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf não há como fazer comparações entre ele e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Questionado se o líder da Casa segue à risca a sua estratégia nos casos em que foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal), o parlamentar respondeu: “Você viu algum documento meu? Cartão de crédito? Viu cheque? Algum extrato? Como ele está seguindo à risca?”
A comparação foi feita pelo promotor Sílvio Marques, responsável pelas investigações sobre o ex-prefeito. Para Marques, Maluf e Cunha adotam o mesmo esquema de negar as denúncias mesmo diante de uma coleção de provas.
Maluf apelou para o artifício apesar dos resultados positivos das investigações do MPF sobre suas contas em paraísos fiscais, que resultaram em decisões judiciais, determinando o repatriamento de 312 milhões de reais.
Nesse sábado, Marques contestou as afirmações de Maluf, que rejeitou a comparação com Cunha. Segundo o promotor, assim como ocorreu com o chefe da Câmara, foram achadas assinaturas do político em papéis das empresas offshores donas de contas na Suíça.
Nas averiguações também foi localizada a assinatura do filho do deputado, Flávio Maluf, indicando que ele geriu contas em Jersey, um paraíso fiscal inglês. (AG)