Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
Nessa sexta-feira, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo frigorífico JBS/Friboi, mentiu em sua delação premiada ao MPF (Ministério Público Federal), ao contar que estava pagando pelo seu silêncio, em uma suposta tentativa de aplacar a chantagem do ex-parlamentar contra o governo de Michel Temer.
A afirmação foi feita por meio de uma nota redigida de próprio punho um dia antes e divulgada por meio de seus advogados. Ele está preso pela Operação Lava-Jato em Curitiba desde outubro de 2016 e já condenado a 15 anos de cadeia em regime fechado, em março deste ano, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
“Eu estou exercendo o meu direito de defesa, não estou em silêncio e tampouco ficarei”, avisou na mensagem. O ex-parlamentar do PMDB (mesmo partido de Temer) abriu o texto dizendo que rechaça “com veemência” as informações divulgadas de que estaria recebendo qualquer tipo benefício. “São falsas as afirmações atribuídas a Joesley Batista de que estaria comprando o meu silêncio”.
Cunha ressalta, ainda, que jamais fez qualquer pedido desse tipo a Temer: “Recentemente, após uma entrevista do presidente da República, eu o desmenti com contundência, mostrando que não estou alinhado com nenhuma versão dos fatos que não seja a verdadeira”.