Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2016
Eduardo Cunha passou sua primeira noite preso sozinho em uma cela de 12 metros quadrados na carceragem da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR). Ele chegou por volta das 10h desta quinta-feira (20) no IML (Instituto Médico Legal) da cidade para fazer exame corpo de delito. Visivelmente abatido e sem algemas, deu um tímido “bom dia” à imprensa e não falou mais nada.
O procedimento é padrão após a prisão e durou pouco mais de 10 minutos. Depois, Cunha foi levado novamente para a carceragem. De acordo com a PF, Cunha levou para a prisão apenas uma mala com roupas e está detido em uma cela com beliche de cimento, uma pequena bancada com um banquinho, um vaso e uma pia.
Também estão na carceragem da PF presos como o doleiro Alberto Yousseff, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e o empreiteiro Marcelo Odebrecht. Cunha é acusado de receber propina de contrato da Petrobras para exploração de petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. A determinação da prisão foi do juiz Sérgio Moro.
Após o ex-presidente da Câmara perder o foro privilegiado com a cassação do mandato, em setembro, Moro retomou na semana passada o processo contra Cunha que antes corria no STF (Supremo Tribunal Federal). Na segunda-feira, Moro havia intimado Cunha e dado dez dias para que seus advogados protocolassem defesa prévia.
Em nota divulgada por sua defesa, Cunha afimou que a decisão de Moro que resultou na prisão é “absurda” e “sem nenhuma motivação”. (AG)