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Política Eduardo Leite abre o jogo: quer a Presidência da República, mas admite abrir mão para Tarcísio e conversar com Ratinho Júnior

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O governador Eduardo Leite se filiou ao PSD nessa sexta-feira

Foto: Maurício Tonetto/Divulgação PSD
O governador Eduardo Leite se filiou ao PSD nessa sexta-feira. (Foto: Maurício Tonetto/Divulgação PSD)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse nessa sexta-feira (9) que quer ser o candidato do PSD a presidente da República em 2026. Ele defendeu uma candidatura de centro para superar a polarização e declarou que sua disposição de liderar o projeto “jamais será maior” do que a de ver o País dar certo, mostrando disposição para ceder caso outros governadores de centro-direita demonstrem ter mais viabilidade. “Os fins não justificam os meios”, disse ele.

Leite deixou o PSDB filiou-se ao partido presidido por Gilberto Kassab nessa sexta-feira, durante cerimônia na sede da sigla em São Paulo. O gaúcho tem a concorrência interna do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com quem disse não querer disputar e sim convergir. Ele admitiu a possibilidade de apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele decida disputar o Planalto.

“Agora, me posiciono porque me sinto pronto para liderar o projeto. Ele (Kassab) sabe dessa aspiração e desse desejo e sabe que do meu lado jamais será a qualquer custo. Nesse momento, é menos sobre os nomes e mais sobre a discussão do projeto”, disse Leite, acrescentando que uma candidatura ao Senado pelo Rio Grande do Sul está na mesa se ele não conseguir disputar o Planalto.

Logo após a declaração, Kassab voltou a dizer que é “mais do que o natural” que o PSD não lance candidato e apoie Tarcísio se o governador de São Paulo decidir pela eleição presidencial.

Em seu discurso, Eduardo Leite disse que a polarização impede a evolução do Brasil e que é preciso parar de brigar com pessoas e passar a enfrentar problemas do País, como a inflação e a criminalidade. Também pregou que serão necessárias reformas e ajustes que não são simpáticos para corrigir o desequilíbrio fiscal do governo federal.

“Precisamos fazer isso do jeito certo, do jeito que busca convergência e não o aprofundamento de conflitos. Não dá mais para viver num País onde não se pode falar de política”, disse o recém-filiado ao PSD. “Queremos um centro onde se tem posição, tem projeto, sabe o que quer pro Brasil, mas que dialoga”, acrescentou.

Leite deixa o PSDB após 24 anos e em meio à discussão de uma fusão entre os tucanos e o Podemos, que resultaria na criação de uma nova legenda. Durante a semana, o governador gaúcho disse que o PSDB está “deixando de existir”, já que teria novos nome, número e programa partidário.

Leite já havia tentado disputar a Presidência em 2022, mas perdeu as prévias do PSDB para o ex-governador de São Paulo, João Doria. Ao final, a cúpula da sigla decidiu não lançar candidato e o governador gaúcho disputou, e venceu, a reeleição para comandar o Estado.

Ele será o presidente do PSD no Rio Grande do Sul. “Essa é a oportunidade do nosso partido contar com alguém muito qualificado, preparado e que por onde passou deixou bons exemplos”, disse Kassab sobre Leite.

O PSD foi o partido que mais elegeu prefeitos na última eleição, governando um em cada seis municípios do País. Em março, o partido de Kassab filiou a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, em outra baixa imposta ao PSDB.

Agora, com a saída de Leite, os tucanos terão apenas um chefe de Executivo estadual para chamar de seu: Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, último reduto tucano.

Vivendo um processo de encolhimento nos últimos anos, o PSDB tentou se juntar ao próprio PSD e ao MDB, mas a discussão avançou mesmo com o Podemos. Os tucanos perderam força eleitoral e representatividade após sucessivas crises e rachas partidários e a consolidação do bolsonarismo como principal força antipetista desde 2018.

O partido saiu de 100 deputados federais eleitos em 1998 para 13 em 2022. Não elegeu senadores na última eleição – a bancada no Senado tem um integrante eleito em 2018 e dois recém-filiados – e viu o número de prefeitos cair 72% desde o ano de 2000, mais antigo pleito municipal que consta no sistema de estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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