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Brasil Eike Batista transferiu parte relevante do patrimônio aos filhos para fugir de credores, diz o juiz da Lava-Jato

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O empresário é acusado de utilizar empresas fantasmas para manipular o mercado de ativos imobiliários. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Além da prisão temporária de Eike Batista e Luiz Arthur Andrade Correia, conhecido como Zartha, que era contador do empresário, o juiz titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, emitiu mais quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois expedidos contra Thor e Olin, filhos do empresário.

A Polícia Federal foi a campo na manhã desta quinta-feira (08) para cumprir os mandados. Esta nova fase da Lava-Jato, denominada Segredo de Midas, investiga a manipulação do mercado de capitais por parte de Eike e de seu contador. A operação ocorreu no Rio de Janeiro.

A decisão expedida pelo juiz Marcelo Bretas afirma que Eike “transferiu parte relevante de seu patrimônio” a seus filhos, Olin e Thor. O empresário é acusado de utilizar empresas fantasmas para manipular o mercado de ativos imobiliários a fim de gerar receitas para o pagamento de propinas ao ex-governador do RJ Sérgio Cabral.

A transferência do patrimônio, segundo Bretas, foi feita “muito provavelmente com a finalidade de se furtar ao cumprimento das obrigações legais junto aos seus credores”. O juiz ainda citou uma “aparente sucessão e/ou confusão patrimonial” envolvendo Eike e seus filhos.

“Com a finalidade de garantir efetivamente a reparação dos danos causados pelos crimes cometidos por Eike Batista, e diante de aparente sucessão e/ou confusão patrimonial, é necessário que o bloqueio cautelar de bens e valores atinja o patrimônio dos seus filhos Olin e Thor, tendo em vista que tal patrimônio se constituiu substancialmente por doações e transferências de valores e ativos de seu pai, durante e logo após da prática dos crimes ora investigados”, diz a decisão.

Conta fantasma

Eike Batista pode ter criado provas contra si mesmo que o levaram novamente à cadeia. Recibos de uma conta fantasma atribuída a ele foram assinados pelo próprio empresário, segundo o Ministério Público Federal.

A investigação aponta que Eike e o sócio Luiz Arthur Andrade Correia, o Zartha, diretor de investimentos da EBX, recebiam informações privilegiadas e investiam no mercado financeiro sem que seus nomes aparecessem.

O documento foi incluído no pedido de prisão e, segundo a denúncia, é uma “importante prova de corroboração sobre como Eike Batista tinha ciência, controlava e era o mandante das operações ilegais” das contas fantasmas.

“Trata-se de um dos raros episódios em que uma organização criminosa, por desconfiança interna entre seus membros, deixa recibo e vestígio material das operações ilegais realizadas”, escreveram os procuradores.

 

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