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Mundo Eleição na Austrália: esquerda vence com ajuda de fator Trump

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O primeiro-ministro Anthony Albanese foi reeleito na Austrália com discurso anti-Trump. (Fonte: Reprodução)

Após passar meses atrás nas pesquisas de intenção de voto, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, conquistou uma reviravolta impressionante para o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, e garantiu sua reeleição para um segundo mandato. A vitória de Albenese é, em parte, atribuída ao efeito Trump, já que seu opositor, Peter Dutton, foi criticado durante a campanha por ter ideologia semelhante à do presidente dos Estados Unidos

A Austrália se tornou o terceiro grande aliado dos Estados Unidos — depois de Alemanha e Canadá — a realizar eleições desde o retorno de Trump, em janeiro. Embora o americano não tenha ocupado um papel central nas eleições australianas, a turbulência global causada por suas decisões comerciais e diplomáticas teve impacto sobre os eleitores no país. Dutton, que havia elogiado o republicano logo após seu retorno à Casa Branca, foi forçado a recuar dessa posição à medida que as pesquisas mostraram que Trump é impopular entre os australianos.

“Hoje, o povo australiano votou por valores australianos. Por justiça, aspiração e oportunidade para todos”, declarou Albanese, que tornpu-se o primeiro primeiro-ministro a vencer duas eleições consecutivas no país desde 2004.

A vitória do Partido Trabalhista ocorreu poucos dias após o governo de centro-esquerda do Canadá garantir um quarto mandato, em um resultado fortemente influenciado pela expectativa de que o novo líder, o ex-banqueiro central Mark Carney, saberia lidar com Trump.

Campanha eleitoral

Albanese conduziu uma campanha quase impecável, revertendo pesquisas no início do ano que sugeriam que ele enfrentaria sérios problemas. Em contraste, Dutton teve dificuldades, contradizendo-se com frequência, recuando em políticas e até sendo forçado a se desculpar por ter citado erroneamente o presidente da Indonésia. Ao comentar o pleito após os resultados anunciados pela ABC australiana, ele reconheceu que sua campanha não teve um “desempenho suficientemente bom” e disse assumir a responsabilidade por isso.

Dutton queria reduzir a imigração, endurecer o combate ao crime e revogar a proibição de longa data à energia nuclear. Segundo pesquisas, ele também perdeu apoio após elogiar Trump como um “pensador visionário”.

Economia australiana

O governo de centro-esquerda de Albanese enfrentou dificuldades em seu primeiro mandato, com desafios como inflação persistente, juros altos e uma crise habitacional que ameaçava provocar uma reação dos eleitores. Para amenizar essas preocupações, o governo incluiu cortes de impostos e subsídios adicionais no orçamento pré-eleitoral.

Somado a isso, a recuperação do Partido Trabalhista foi ajudada pela instabilidade global causada pelo programa tarifário de Trump, anunciado ainda na primeira semana da campanha. Na Austrália, incertezas externas costumam levar os eleitores a favorecer o governante em exercício.

Agora, Albanese terá de lidar com uma encruzilhada econômica, já que seus principais motores de crescimento — China, imigração e setor habitacional — estão sob pressão. A resposta óbvia, dizem economistas, é um programa de reformas para revigorar o dinamismo econômico e elevar o padrão de vida, uma tarefa da qual sucessivos governos têm se esquivado por conta dos riscos políticos. Ao mesmo tempo, o Partido Trabalhista tem a oportunidade de consolidar suas políticas de energia limpa e oferecer maior previsibilidade aos investidores.

Pouco após o anúncio dos resultados na Austrália, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, parabenizou Albanese, chamando o país de “aliado, parceiro e amigo valorizado pelos EUA”. Rubio também disse que Washington espera poder “avançar em interesses comuns e promover liberdade e estabilidade no Indo-Pacífico e no mundo” — sentimento ecoado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

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