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Mundo Em apenas 24 horas, o “telefone vermelho” que liga as duas Coreias tocou cinco vezes. Norte e Sul restabeleceram o canal de comunicação, fechado em 2016

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Objetivo do contato foi discutir o envio de uma delegação do Norte à Olimpíada de Inverno no vizinho do Sul. (Foto: Reprodução)

Após quase dois anos em silêncio, o telefone vermelho que conecta as Coreias do Sul e do Norte já tocou cinco vezes em 24 horas, segundo informações da rede norte-americana de notícias CNN. Os dois lados reativaram a linha, que havia sido fechada em fevereiro de 2016, para negociar sobre o envio de uma delegação por Pyongyang às Olimpíadas de Inverno, sediadas pelos sul-coreanos.

Das cinco ligações registradas já no primeiro dia, quatro foram iniciadas pelo Norte e uma pelo Sul, mas não se sabe se já houve alguma discussão frutífera. A primeira, de 20 minutos, aconteceu meia hora após a linha do telefone vermelho ter sido ativada, às 15h30min do horário sul-coreano (o horário na Coreia do Norte é meia hora adiantado). Conforme o Ministério da Unificação do Sul, os dois lados apenas verificaram detalhes técnicos sobre a linha.

As autoridades da Coreia do Sul, no entanto, ficaram ao lado do telefone, que fica em um vilarejo não habitado da zona desmiitarizada entre os dois países, para o caso de o Norte telefonar mais uma vez. E foi o que aconteceu, pouco mais de duas horas após o fim do primeiro contato, às 18h. Mas a conversa não teria ido além de um “vamos encerrar o dia” vindo de Pyongyang.

Na manhã seguinte, por volta das 9h30min do horário sul-coreano, a Coreia do Norte ligou pela terceira vez, de acordo com o Ministério da Unificação, que se ocupa com todas as questões que envolvam diretamente os dois lados. Mais uma vez, houve verificações técnicas e a Coreia do Sul perguntou aos vizinhos se eles tinham alguma novidade. A resposta foi uma negativa e a ligação terminou.

Pela tarde, às 16h, foi a vez da Coreia do Sul telefonar ao Norte. Meia hora depois, as autoridades norte-coreanas retornaram a ligação para dizer que não havia nada a relatar.

Diálogo

A reabertura do “telefone vermelho” aconteceu após uma oferta de diálogo Seul, em resposta a um gesto pacífico do líder norte-coreano, que falou de uma possível participação norte-coreana nas Olimpíadas de Inverno, que começam no próximo mês na Coreia do Sul.

Todos os canais oficiais de comunicação haviam sido rompidos em fevereiro de 2016 por Pyongyang, depois que Seul decidiu unilateralmente fechar a zona industrial intercoreana de Kaesong, para protestar contra o quarto teste nuclear do Norte.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, saudou ontem a reabertura do canal de comunicação entre as duas Coreias, e defendeu mais iniciativas diplomáticas para acabar com conflito em torno do programa nuclear de Pyongyang.

Resoluções do Conselho de Segurança da ONU apelam à eliminação das armas nucleares na Península Coreana e, segundo um porta-voz da Nações Unidas, a esperança é que estas iniciativas diplomáticas ajudem a alcançar este objetivo.

Sete décadas de ânimos latentes e derramamento de sangue estão no meio do diálogo das duas Coreias. Os dois países foram divididos em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial. O Sul ficou sob administração dos Estados Unidos, enquanto o Norte estava nas mãos da então União Soviética.

Três anos depois, o Norte lançou uma invasão surpresa, dando início a uma guerra que contou ainda com a participação da ONU e da China no conflito, que se tornou uma das guerras mais sangrentas do século 20.

Desde então, episódios violentos pontuais marcaram a relação das duas Coreias, sobretudo com ações do Norte que incluem assassinatos, sequestros e, em 2010, ataques que mataram 50 sul-coreanos.

Diante deste passado sangrento, qualquer encontro para conversas pode ser visto como uma vitória, especialmente após a miséria do ano passado. Ainda assim, os rivais já chegaram a esse ponto muitas vezes anteriormente, e as negociações não tomaram o melhor caminho quando chegam ao fim. Geralmente, os encontros se desfazem antes mesmo de alcançar algum progresso.

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