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Geral Em áudio, patrão confessa ter orientado funcionárias a colocar celular no sutiã para filmar voto na Bahia

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Adelar Eloi Lutz publicou um vídeo em uma rede social, no qual fala sobre o ocorrido. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Em áudio, um empresário do setor do agronegócio na Bahia confessa ter orientado funcionárias, no oeste do Estado, a colocar “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna eletrônica e comprovar que votaram nas eleições deste ano conforme sua imposição.

Na tarde desta quarta-feira, o suspeito disse que o áudio se tratava de uma “brincadeira”. Ao portal de notícias G1, ele afirmou que não iria se posicionar sobre o caso. No entanto, publicou um vídeo em uma rede social onde falava sobre o ocorrido. “Mandei para várias pessoas, mas não sei como foi parar em outros lugares. Jamais ia fazer isso [demitir alguém]”, garantiu.

Ainda no vídeo, o empresário disse que alguns de seus funcionários têm familiares que apoiam o candidato à presidência do partido oposto ao que ele vota. “Eu tenho gente que está trabalhando aqui que a família toda é PT, eu botei para fora? Eu não, só disse que tem que analisar e tal, mas não por isso, não tem pressão nenhuma”, disse.

O caso está sendo apurado pelo MPT (Ministério Público do Trabalho). O órgão instaurou inquérito na segunda-feira e deu dois dias para a manifestação da defesa do ruralista Adelar Eloi Lutz depois que identificou a circulação de áudios em redes sociais nos quais ele confessa uma série de atos ilegais envolvendo a coerção de trabalhadores a votar em determinado candidato à presidência. O MPT também expediu recomendação para que ele imediatamente se abstenha de manter ou reiterar as práticas ilegais.

Este é o segundo caso materializado por meio de provas que o MPT investiga nessas eleições de 2022 no oeste baiano, região conhecida pela forte atividade de produção de commodities agrícolas e que concentra grandes propriedades rurais e alta produção de grãos. Outros seis casos também estão sob análise do órgão, que contabiliza somente na Bahia nove denúncias de assédio eleitoral. No país esse número atingiu na terça-feira a marca de 419 casos, num volume muito maior do que na última eleição presidencial, que ficou em 212, sendo que o número de casos ainda está crescendo.

No novo caso em que o MPT atua, o conhecido empresário Adelar Eloi Lutz é apontado como autor de áudio compartilhado largamente em redes sociais no qual conclama empregadores a “pôr para fora” quem não votar em determinado candidato, prática ilegal que ele confessa no áudio ter praticado. Também orienta os patrões a colocar “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna eletrônica e comprovar, posteriormente, que votaram conforme sua imposição.

Concomitantemente, houve a emissão de recomendação para que cesse imediatamente as práticas. A procuradora Carolina Ribeiro, que atua no caso, também encaminhou ofício ao Ministério Público eleitoral com o relato dos fatos para que possa também adotar as medidas cabíveis. Apesar de ter que ser concedido o prazo, o MPT já prepara modelo de termo de ajuste de conduta a ser apresentado ao autor das declarações ilegais para que seja negociado logo na primeira audiência.

Em um trecho, o empresário afirma: “Tinham cinco [funcionários que não concordavam], dois voltaram atrás. Das outras 10 que estavam ajudando na rua, todos tiveram que provar, filmaram nas eleições. Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja, vai filmar, se não, rua”.

O suspeito ainda revela que duas mulheres, que não aceitaram a imposição, o procuraram para dizer que vão filmar os votos no segundo turno.Filmaram e provaram que votaram. Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova, que nós contratamos de novo”, afirmou. As informações são do portal de notícias G1 e do MPT.

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