Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2017
Em busca de segurar sua base no Congresso, o governo estuda recriar o Ministério dos Portos e deixá-lo sob os cuidados dos senadores aliados Jader Barbalho (PMDB-PA) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que ontem nesta semana mantido na liderança do partido após amenizar suas críticas.
Um indicado de ambos os senadores comanda, atualmente, a Secretaria Nacional de Portos, subordinada ao Ministério dos Transportes. É o ex-senador Luiz Otávio Campos, nomeado em abril para o cargo e que foi alvo da operação Lava-Jato em fevereiro nas apurações sobre desvios nas obras de Belo Monte.
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, é um adversário político de Renan em Alagoas e pode disputar com ele a vaga para o Senado em 2018. Além de agradar a Jader, a criação do Ministério dos Portos seria um gesto em direção a Renan, que teria mais ingerência sobre a área para fazer política em seu estado.
Após a reunião da bancada, Renan negou, em entrevista, que tenha defendido, anteriormente, a renúncia de Temer: “Eu apenas disse que ele tinha que participar da construção para a solução da crise.”