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Brasil Em carta, Dilma admite ter cometido erros e propõe plebiscito sobre eleição

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O manifesto de quatro páginas foi apresentado pela própria Dilma em uma entrevista coletiva. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A presidenta afastada Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira (16), no Palácio da Alvorada, uma carta batizada de “Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro” na qual ela admite que cometeu erros na gestão do País e propõe a realização de um plebiscito para consultar o eleitorado sobre uma eventual antecipação das eleições presidenciais de 2018.

O manifesto de quatro páginas foi apresentado pela própria Dilma em uma entrevista coletiva realizada na residência oficial da Presidência da República.

“Meu retorno poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política. Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment, me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, receber seu carinho. Ouvi críticas duras ao meu governo. Há erros cometidos e medidas políticas que não foram adotadas”, diz trecho da carta.

“Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, pelas práticas políticas questionáveis a exigir profunda transformação nas regras vigentes. Estou convencida da necessidade e darei apoio irrestrito à convocação de plebiscito para consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral”, escreveu a petista em outro trecho do manifesto.

Em meio ao documento, Dilma fez um apelo aos senadores para que não cometam o que ela classificou de uma “injustiça” ao condenar uma inocente. Ela também comparou a atual situação política do País com o tempo em que foi presa pelo regime militar na década de 1970.

Segundo a presidente afastada, ela teve que resistir “ao cárcere e à tortura”, mas não gostaria de ter que resistir “à fraude e a mais infame injustiça”.

“O que peço aos senadores e senadoras é que não se façam a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente. A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça”, declarou na mensagem dirigida ao Senado.

O principal objetivo da mensagem é tentar obter o apoio, no julgamento final do processo impeachment, de senadores que ainda estão indecisos. O julgamento de cinco dias terá início em 25 de agosto.

Nova carta à nação

A carta divulgada por Dilma foi escrita ao longo das últimas semanas com contribuições de alguns dos principais conselheiros políticos da petista, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e os ex-ministros Ricardo Berzoini, Jaques Wagner e José Eduardo Cardozo.

A divulgação da carta dirigida à nação segue a mesma linha adotada por Lula, em 2002, quando ele disputou a Presidência pela quarta vez. Na ocasião, o petista enfrentava resistência do mercado financeiro, que temia uma guinada na política econômica.

No manifesto, Lula se comprometeu a manter as linhas gerais da política econômica que havia sido instituída pelo governo Fernando Henrique Cardoso. (AG)

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