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Colunistas Em coletivo ou no individual?

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Melhorar o ensino público básico e médio é o melhor e mais eficiente sistema de cotas que podemos fazer. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Do extremos dos campos da política em que nos encontramos hoje, convido os lados para avaliarmos estes conceitos.

Quem sabe surja aqui uma luz que possa nos ajudar na compreensão deste momento e na tomada de atitudes mais efetivas.

Começando pelo coletivo.

As ações de esforço coletivo servem para que a sociedade possa se manifestar de forma politicamente representativa, seja para protestar ou em apoio a uma causa social, classe laboral ou mesmo a um político ou partido.

Também têm como característica animar, alegrar os ambientes, o que não é o caso em nossa análise.

Já as ações de caráter individual, de esforço pessoal, são aquelas realizadas normalmente em silêncio e de forma anônima.

Feito o registro, espero que todos concordem, pelo menos com o até aqui colocado.

Podemos afirmar que ninguém progride individualmente na vida ou tem sucesso pessoal de forma honesta por dedicar-se a ações coletivas (exceto os políticos profissionais).

A única e exclusiva forma efetiva de progredir na vida honestamente é por seu próprio e particular esforço e empenho pessoal e individual.

Jamais duvide disso!

Tanto o aprender novas habilidades como o sucesso profissional advêm tão somente do esforço individual e de atitudes positivas.

Os jovens não devem se iludir achando que irão conquistar vantagens individuais por alguma vontade ou iniciativa coletiva. É pura ilusão e grande perda de tempo.

Não confundir com “conquistas sociais por pressão popular”. Isso é outra coisa.

Refiro-me às pessoas que creem que movimentos coletivos vão lhes dar projeção pessoal, na crença ilusória de que conquistas sociais irão lhes trazer algum progresso individual. Negativo.

No máximo, o que poderia acontecer seria deixar todos esses competidores em pé de igualdade com os demais.

Quanto às diferenças de oportunidades por motivos sociais, raciais ou de gênero, os que não tiveram a igualdade de oportunidades, sim, os governantes devem trabalhar para que isso não ocorra.

Como exemplo de erro duplo:

O atual sistema de cotas universitárias tenta corrigir um erro do passado promovendo novas injustiças no presente.

Os requisitos para entrar na universidade são habilidades que precisamos desenvolver para que possamos individualmente progredir na vida e suprir nossas demandas, sejam caprichos, ilusões, deveres ou costumes da moral ou das religiões.

Os quatro elementos:

O tempo disponível, as habilidades, o esforço individual e as ações coletivas.

Guarde isso!

Os regimes de cotas para pobres, mulheres, negros, homossexuais, enfim, os que foram excluídos, devem sim ser corrigidos.

Os injustiçados pela falta de oportunidade para concorrer em igualdade de condições com os afortunados.

Então, no momento em que for identificada a deficiência do aluno, seja por dificuldades pessoais ou por exclusão social, este é o momento certo de o Estado aplicar a política de cotas!

Se alguém compra 10 L de gasolina porque sonha em um dia ter um automóvel, mas o dinheiro que tem só deu para comprar o combustível, isso não faz a pessoa estar mais perto de realizar seu sonho; ao contrário, só piora!

A profissão que desejamos requer pré-requisitos para que sejamos bons profissionais.

Melhorar o ensino público básico e médio é o melhor e mais eficiente sistema de cotas que podemos fazer!

Não repetir o ano letivo para não traumatizar o estudante e depois consertar isso com cotas para o ensino superior é a transferência da falta de conhecimento do aluno e da baixa eficiência do ensino público para a sociedade e, “de quebra”, mais uma injustiça para quem estudou e perdeu sua vaga para o cotista.

Não é o ideal, mas é o menos pior: o aluno perder quatro ou cinco anos para recuperar o tempo perdido do que passar a vida toda perdendo por não ter aprendido corretamente e não se aprumar nunca mais!

Em sua próxima passeata de protesto, reflita consigo:

Quem mais precisa de mim sou eu mesmo! E questione-se:

Quem no coletivo irá me prover o que não tenho?

  • Rogério Pons da Silva – jornalista e empresário (rponsdasilva@gmail.com)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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