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Notícias Em declaração conjunta com o governo dos Estados Unidos, Dilma se compromete a zerar o desmatamento no Brasil

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Dilma se reuniu recentemente com Barack Obama em Washington. Palácio do Planalto minimizou a lista divulgada neste sábado pelo Wikileaks: "Para nós, o episódio está superado" (Foto: Saul Loeb/AFP)

Em declaração conjunta dos governos do Brasil e dos Estados Unidos divulgada na terça-feira (30), a presidenta Dilma Rousseff assinou compromisso de, até 2030, recuperar 120 mil quilômetros quadrados de florestas. Em entrevista à imprensa, ela se comprometeu ainda a zerar o desmatamento ilegal em 15 anos. “Nós queremos chegar no Brasil a desmatamento zero até 2030. Desmatamento ilegal zero até 2030”, disse a chefe do Executivo.

O governo brasileiro afirma no acordo que as fontes renováveis, tanto para geração de energia como para biocombustíveis, devem representar entre 28% e 33% do total de recursos usados, também até 2030. A meta não inclui, porém, a energia hidrelétrica. São exemplos de fontes renováveis o Sol, vento e a biomassa. A intenção é diminuir o uso de fontes que se esgotam, como petróleo e carvão.

A assinatura ocorreu após encontro com o presidente norte-americano Barack Obama na Casa Branca, em Washington (EUA). “O Brasil implementará políticas com vistas à eliminação do desmatamento ilegal, em conjunto com o aumento ambicioso de estoques de carbono por meio do reflorestamento e da restauração florestal. Para tanto, o Brasil pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares (120 mil quilômetros quadrados) de florestas até 2030”, diz o documento, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores. A área a ser recuperada equivale à metade do Estado de São Paulo.

No anúncio, Dilma e Obama ressaltaram os benefícios de ações para limitar o aumento da temperatura global e frisaram que, nos últimos anos, os dois países têm estado “ativa e produtivamente engajados” em atividades que reduziram emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com a declaração conjunta, Brasil e Estados Unidos diminuíram emissões de gases de efeito estufa desde 2005. O texto diz que o Brasil reduziu as emissões em cerca de 41% desde 2005, enquanto os Estados Unidos diminuíram aproximadamente 10%.

Na declaração, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho, formado pelos dois países, sobre mudanças do clima, com o objetivo de “ampliar a cooperação bilateral em questões relacionadas ao uso da terra, energia limpa e adaptação, bem como diálogos políticos sobre a questão climática em nível nacional e internacional”.

Metas nacionais

O compromisso divulgado na terça-feira não apresenta as metas brasileiras que serão levadas para a Conferência do Clima de Paris (França), ocasião em que será fechado um novo acordo global para frear o aquecimento global e, com isso, conter a mudança climática.

A apresentação de metas nacionais é um dos principais elementos que vão dar corpo ao novo acordo global do clima, em negociação no âmbito das Nações Unidas. Cada país precisa apresentar o que vai fazer para diminuir os gases de efeito estufa “dentro de casa”.

A decisão foi definida na última cúpula do clima, a COP 20, em Lima, no Peru. O futuro tratado – obrigatório a todos os países (legalmente vinculante) – tentará conter a temperatura do planeta em 2 graus Celsius até o fim deste século e, com isso, frear as alterações climáticas, que podem provocar catástrofes naturais em todo o mundo.

Estados Unidos, União Europeia e outros países desenvolvidos já anunciaram o que vão realizar. No entanto, os principais emissores de gases de efeito estufa – Índia, Austrália e Brasil – não divulgaram seus planos.

Viagem da presidenta

Dilma chegou aos Estados Unidos no sábado, acompanhada de ministros, e cumpriu agenda em Nova York. No domingo e em parte da segunda-feira, ela teve uma série de encontros com empresários de diversos setores, como o financeiro e o de infraestrutura. Na segunda-feira, ela embarcou para Washington, onde visitou, ao lado de Obama, o Memorial Martin Luther King Jr., em homenagem ao líder da luta por igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos. Na sequência, os dois foram a um jantar na Casa Branca.

O encontro entre Dilma e Obama marca a superação da crise diplomática entre os dois países, iniciada em 2013, quando documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA (Agência de Segurança Nacional, na sigla em inglês) Edward Snowden revelaram que os Estados Unidos monitoraram atividades de outros países e de seus líderes, incluindo Dilma. À época, a presidenta cancelou a visita de Estado que faria ao país norte-americano. Em entrevista a um jornal belga no início de junho, ela disse que o caso é “uma questão do passado”. (AG)

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https://www.osul.com.br/em-declaracao-conjunta-com-o-governo-dos-estados-unidos-dilma-se-compromete-a-zerar-o-desmatamento-no-brasil-2/ Em declaração conjunta com o governo dos Estados Unidos, Dilma se compromete a zerar o desmatamento no Brasil 2015-07-01
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