Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2018
Em depoimento prestado ao juiz federal Sérgio Moro, na manhã desta quarta-feira (20), sobre o caso do Sítio de Atibaia, no âmbito da Operação Lava-Jato, quatro políticos negaram que o ex-presidente Lula tenha se envolvido em atos de corrupção.
Foram ouvidos o senadores Humberto Sérgio Costa Lima (PT-PB) e Jorge Ney Viana Neves (PT-AC) e os deputados federais Arlindo Chinaglia Junior (PT-SP) e Fernando Henrique Fontana Junior (PT-RS).
“Nunca durante dois anos e meio recebi qualquer orientação que fosse anti-republicana”, afirmou Fernando Henrique Fontana. “Nem presenciei isso em qualquer reunião, empresa ou o que quer que seja e a mim, que era subordinado a ele, nunca fez nenhuma proposta”, disse Humberto Lima.
Até o final do mês, mais 50 pessoas devem prestar depoimento, entre elas a presidente Dilma Rousseff que tem oitiva agendada para o dia 29 de junho. Após as oitivas de todas as testemunhas, os réus devem começar a ser ouvidos.
Sítio de Atibaia
De acordo com a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), o ex-presidente Lula seria responsável por comandar “uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal” e teria recebido cerca de R$ 870 mil em vantagens indevidas em forma de reformas, construção de anexos e outras benfeitorias no Sítio de Atibaia.
Além de Lula, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht; o dono da OAS, Léo Pinheiro; o pecuarista José Carlos Bumlai; e mais nove foram denunciados na mesma ação penal. Todos são acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa ou passiva.
O ex-presidente foi denunciado em maio de 2017 e tornou-se réu em agosto do mesmo ano. Ele foi preso no dia 7 de abril após ser condenado a 12 anos e um mês, no processo referente ao triplex de Guarujá (SP).