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Brasil O dono do grupo J&F/Friboi, Joesley Batista, reforçou em depoimento que não fez pagamentos para o presidente Michel Temer para se beneficiar de um decreto no porto de Santos

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O empresário foi denunciado pelo MPF por irregularidades em delação. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na tarde dessa quinta-feira, Joesley Batista, dono do grupo J&F, prestou depoimento na sede da PF (Polícia Federal) em São Paulo, na investigação que apura o envolvimento do presidente Michel Temer na edição de um decreto que prorrogou contratos de concessão do porto de Santos (SP), favorecendo a empresa Rodrimar, que opera no local, e também a JBS/Friboi, controlada pelo conglomerado de Joesley. Ele negou que tenha feito pagamentos a Temer para se beneficiar da medida.

O empresário foi ouvido pelo delegado Cleyber Malta Lopes, que preside o inquérito e que veio de Brasília para São Paulo para a oitiva. Essa foi a primeira vez em que Joesley depôs na investigação.

“Joesley afirma um envolvimento geral do presidente da República, em que ocorreram alguns pagamentos, mas em relação à decreto de portos e medidas provisórias, ele negou taxativamente qualquer pagamento para Michel Temer”, relatou André Callegari, advogado do empresário.

O defensor aproveitou para frisar que o seu cliente deseja continuar com sua delação premiada: “Ele disse que vai manter a postura de colaborador. isso é o mais importante. Independentemente da manifestação da Procuradoria da República”. A PGR, no entanto, quer cancelar o acordo de colaboração, após o envolvimento do ex-procurador Marcelo Miller na delação.

O depoimento foi conduzindo pelo delegado Cleyber Malta Lopes. Ele e sua equipe vieram a São Paulo de Brasília para ouvir Joesley, que está preso junto com o irmão, Wesley, desde setembro de 2017 na PF.

Histórico

O inquérito foi aberto em maio do ano passado com base na delação premiada de Joesley e de Ricardo Saud. Telefonemas gravados com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) mostraram auxiliares de Temer conversando sobre o decreto – dentre eles, o ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures, o “deputado da mala”, famoso por ter sido flagrado com a mala de R$ 500 mil entregue pela J&F.

Loures aparece em uma conversa gravada com Gustavo Rocha, subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil, defendendo interesses de empresas que atuam nos portos brasileiros. Eles falam sobre uma mudança no decreto dos portos que poderia beneficiar também quem conseguiu concessões antes de 1993, caso da Rodrimar.

Gustavo, no entanto, alertou que Temer ficaria exposto demais e o decreto dos portos foi assinado sem incluir as concessões anteriores a 1993. Por isso, a defesa do presidente diz que não houve benefício à empresa no decreto e, portanto, não há corrupção no episódio. A Rodrimar também nega irregularidades e obtenção de benefício com o decreto, mas permanece a suspeita de que Rocha Loures agia em defesa dos interesses da empresa dentro do governo.

Presos na PF

Joesley e o irmão dele, Wesley Batista, estão presos na PF, em São Paulo, desde setembro, a pedido da justiça federal, no âmbito do processo que apura se eles usaram informações privilegiadas da delação da JBS para operar no mercado financeiro.

Em maio, a divulgação da conversa entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer derrubou a bolsa de valores e o dólar chegou a R$ 3,43.

Joesley também teve a prisão decretada pelo ministro Luís Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por suspeita de ter omitido informações à PGR (Procuradoria-Geral da República) quando fechou um acordo de colaboração com a Justiça.

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https://www.osul.com.br/em-depoimento-policia-joesley-batista-negou-o-pagamento-de-propina-michel-temer-por-favorecimento-empresas-no-porto-de-santos/ O dono do grupo J&F/Friboi, Joesley Batista, reforçou em depoimento que não fez pagamentos para o presidente Michel Temer para se beneficiar de um decreto no porto de Santos 2018-02-15
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