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Brasil Em depoimento, um empresário contou que um vídeo dele com dinheiro mostra um pagamento irregular para a campanha do ex-governador do Paraná Beto Richa

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Político tucano foi solto por ordem do ministro do STF Gilmar Mendes. (Foto: Reprodução)

Em depoimento ao MP (Ministério Público), um dos presos com o ex-governador paranaense e agora candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) disse ter feito pagamentos sem comprovação para a campanha que reelegeu o tucano em 2014. Trata-se do empresário Celso Frare, que aparece em um vídeo que, segundo ele, mostra o momento em que ele fez um desses repasses.

A imagem é uma das provas do inquérito que apura um suposto esquema de propina numa licitação para manutenção de estradas rurais. “Sempre foi falado para ajudarmos na campanha, o objetivo era esse”, respondeu a um promotor que o interrogou.

Celso Frare está entre os investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e foi preso na mesma operação que também levou para a cadeia o ex-governador Beto Richa e mais 13 pessoas.

Richa deixou a cadeia na madrugada de sábado, depois de três dias preso em um batalhão da PM (Polícia Militar) em Curitiba (PR). A ordem de soltura foi do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.

Delação

E empresário contou ter realizado três pagamentos em espécie, em um total superior a R$ 700 mil, ao também empresário e agora delator do esquema, Tony Garcia. Este último admitiu ter atuado como intermediário entre o governo do Paraná e os empresários na arrecadação de propinas.

Frare, por sua vez, acrescentou que os pagamentos a Garcia aconteceram depois que a empresa dele foi uma das vencedoras da licitação do programa “Patrulha do Campo”, destinado à conservação de estradas rurais na gestão de Richa (2011-2018).

“Eu tinha um compromisso moral de ajudar de ajudar a campanha, dar um dinheiro para a campanha dele”, disse o empresário. “Esse compromisso moral foi quando eu comecei a ter, quando eu comecei a trabalhar com o programa Patrulha.”

Soltura

Temporariamente, por cinco dias, na terça-feira (11). Na sexta-feira (14), às 19h, o juiz estadual Fernando Fischer decretou a prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado, de Beto Richa e de outros investigados. Mas a decisão do juiz de primeira instância deixou de valer duas horas depois, porque o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a soltura de Richa e dos outros presos. No despacho, o magistrado argumentou que a investigação diz respeito a fatos antigos:

“O próprio juízo estadual reconhece que a organização criminosa investigada durante a operação estava vinculada ao exercício das funções de governador do estado por parte de Richa, funções que ele não ocupa mais, para, logo em seguida, simplesmente pressupor, sem base em qualquer elemento concreto, a manutenção da influência dessa organização no poder executivo estadual”.

Na decisão, Mendes proíbe que sejam determinadas quaisquer outras prisões dos acusados em relação aos fatos que continuam sendo investigados. O único que segue preso é o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo. Ele tem um outro mandado de prisão, ligado à outra investigação, da Operação Lava-Jato.

Beto Richa deixou o cargo de governador em abril para concorrer a uma vaga ao Senado. Richa saiu da prisão por volta da uma da manhã deste sábado (15). “Lamento que a palavra de um indivíduo, um delator, cujo histórico de vida não demonstra nenhuma credibilidade, ao contrário, total falta de credibilidade. E eu pergunto: vale a palavra dele ou a vale a minha palavra?”, indagou aos repórteres que o aguardavam na saída.

A defesa de Beto Richa disse que só vai se manifestar no processo. Já os advogados de Celso Frare afirmaram que o empresário já se manifestou e que o depoimento dele é esclarecedor.
Tony Garcia reafirmou o que disse na delação e que tem provas. A defesa de Deonilson Roldo, por sua vez, optou por não se manifestar.

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