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Rio Grande do Sul Em discurso no Rio Grande do Sul, Bolsonaro disse que o Brasil já está no “finalzinho da pandemia”

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Declaração do presidente contraria estatísticas oficiais. (Foto: Cesar Lopes/PMPA)

Em visita a Porto Alegre e Barra do Ribeiro (Costa Doce) para a inauguração de obras, nesta quinta-feira (10) o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil está vivendo o “finalzinho da pandemia” de coronavírus. A declaração, feita durante discurso, contraria estatísticas oficiais que mostram números crescentes de novos casos e de mortes causadas pela Covid no País.

“Me permitam falar um pouco do governo, que ainda estamos vivendo o finalzinho de pandemia”, sublinhou em um palco montado junto à estrutura da nova ponte do Guaíba, em Porto Alegre. “O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhores se saíram na pandemia.”

No momento de sua fala, o mais recente boletim do próprio Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira, apontava o registro de 53.453 novos testes positivos de coronavírus (maior número diário desde 13 de agosto), totalizando assim 6,7 milhões de pessoas afetadas desde o início da epidemia. As mortes já chegavam a 179 mil e, só na quarta, foram registrados 836 óbitos – dados que seriam ampliados à tarde, com a atualização do relatório epidemiológico nacional.

A média móvel do número de casos (que calcula uma média por dia usando os últimos 14 dias, já que muitas vezes as notificações são registradas com atraso) chegou a 40,1 mil casos por dia, números que não eram vistos desde o final de agosto. Esse número dobrou no último mês. A média móvel no número de mortes também voltou a crescer de forma acelerada, aproximando-se de 600 por dia. Há um mês, era de 379 por dia.

“Devemos levar tranquilidade à população e não o caos”, prosseguiu Jair Bolsonaro. “Lamentamos as mortes profundamente e, assim sendo, vamos vencendo obstáculos. O que aconteceu no início da pandemia não leva à nada”, completou, em mais uma de suas críticas às políticas de distanciamento social e restrições de atividades para conter a expansão do coronavírus.

Bolsonaro também voltou a insistir na defesa do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid, apesar de nenhum estudo no mundo ter conseguido comprovar a eficácia do medicamento. Ele chegou a teorizar, sem qualquer evidência científica, que “a epidemia não cresceu na África porque naquele continente as pessoas tomavam muito a cloroquina contra a malária”.

Economia X saúde

O presidente da República reiterou, ainda, a necessidade de equilíbrio entre medidas sanitárias e de preservação de atividades como a do comércio: “Nós evitamos um colapso da economia. Meus senhores, economia e saúde têm que andar de mãos dadas”, declarou aos gaúchos. “É menos ruim ter inflação do que desabastecimento.”

Ao falar da disparada de preços em alguns produtos (como arroz e óleo de soja), Bolsonaro disse que, se o “homem do campo tivesse ficado em casa, teria sido um caos”.

“Ainda estamos vivendo um finalzinho de pandemia”, continuou. “O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhor se saíram no tocante à economia.  Prestamos todos os apoios possíveis a Estados e municípios. O auxílio emergencial foi diretamente na veia, diretamente na conta de 67 milhões de brasileiros, que precisavam realmente disso aí. Isso fez também movimentar a economia de Estados e municípios.”

O presidente ainda destacou o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), que “socorreu” micro e pequenas empresas durante a pandemia.

(Marcello Campos)

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