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Brasil Em entrevista para jornal argentino, Bolsonaro diz que a Comissão da Verdade é mentirosa

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"Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político", diz Bolsonaro. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em entrevista concedida ao jornal argentino La Nacion, publicada no sábado (1º), que a Comissão da Verdade instituída para investigar violações aos direitos humanos durante a ditadura é “mentirosa”. Questionado sobre a questão da Venezuela, Bolsonaro afirmou que o presidente Nicolás Maduro se mantém no poder porque cooptou o Exército, o que não ocorreu no Brasil.

“Isso, no Brasil, a esquerda não conseguiu fazer, apesar de todas as medidas tomadas contra nós, nem sequer com a mentirosa Comissão da Verdade, que contou histórias totalmente diferentes das que ocorreram no período de 1964 a 1985”, afirmou.

Bolsonaro disse ainda que a história do Brasil tem que começar a ser escrita com a verdade. “Se o Partido dos Trabalhadores quisesse a verdade, o primeiro feito que deveria ser esclarecido seria o sequestro, tortura e execução, em 2002, do petista Celso Daniel, que estava para divulgar informação que acabaria com a campanha de Lula. E não se vê nenhum petista defendendo essa investigação, porque todos os indícios apontam que eles o mataram, entre tantos outros”, disse.

O jornal afirma que Bolsonaro, cinco meses depois de assumir o poder, está na “defensiva”, com a popularidade erodida, a economia em retrocesso e enfrenta obstáculos para impulsionar seus projetos no Congresso. A entrevista foi concedida no Palácio do Planalto. O presidente disse também que deve visitar a Argentina na próxima semana para discutir um acordo entre o Mercosul e a União Europeia. “A Argentina e o Brasil não podem voltar à corrupção do passado, uma corrupção desenfreada por busca de poder. Contamos com o povo argentino para eleger bem o presidente em outubro”, afirmou.

Crise

Bolsonaro fez duras críticas à ex-presidente Cristina Kirchner e disse apoiar a política econômica “saudável” do presidente Mauricio Macri. “A economia é importante? Sim, e eles [os argentinos] podem contar com o apoio do Brasil no que for necessário para que possamos fazer o melhor para o povo argentino através de uma economia saudável como a que estamos tendo com Macri”, afirmou.

O governo de Mauricio Macri está cada vez mais impopular em função da crise econômica do país, que começou a se agravar em meados de 2018, com a disparada do preço do dólar. A inflação acumulada é de 15,6% este ano, o índice de pobreza está em 33% e a perspectiva é de encolhimento do PIB (Produto Interno Bruto). O desemprego atingiu 9,1%, com a taxa de emprego informal beirando os 40% – eram 34% no início da gestão Macri. O país enfrentou nova greve geral esta semana.

Bolsonaro afirmou ao jornal que considera a Argentina um país “irmão” e que espera que os argentinos escolham um governante de centro-direita nas eleições de outubro, como fizeram Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Colômbia.

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