Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2018
Em cerimônia religiosa nesta quinta-feira (31) em Brasília, o presidente Michel Temer deu “graças a Deus” pelo encerramento da greve dos caminhoneiros e se disse “iluminado” após a resolução da crise. O presidente participou da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil em uma catedral da instituição em Brasília. “Graças a Deus, estamos encerrando a greve dos caminhoneiros por meio de uma atitude minha que tem sido criticada, o diálogo”, afirmou o presidente.
“Não uso a força, a autoridade. Uso o diálogo, a palavra, eu e o governo todo, conectados com os Estados e municípios”, disse Temer, que estava acompanhado do novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca, e do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Ele seguiu explicando que durante os 11 dias de paralisação dos caminhoneiros não houve violência por parte do Estado.
“Não houve uma só violência pelo Estado brasileiro. A única morte ocorreu por uma atividade política, um caminhoneiro foi atingido por um tijolo”, afirmou Temer. O presidente disse ainda que nesta quinta foi “iluminado” por Deus ao poder comemorar a redução das manifestações de grevistas.
“Que isso sirva de exemplo para o nosso País, a força do diálogo. Depois de dialogar, chamei as Forças Armadas. Fui iluminado por Deus, que disse: ‘Vai lá no templo da assembleia comemorar a pacificação do País'”, afirmou.
O presidente fez um pedido aos participantes da convenção: “Quero pedir que todos vocês creiam como creio na força do diálogo e da palavra, que possam levar isso a todos os templos, puderem levar palavra de paz, harmonia, respeito mútuo, culto da familia e da unidade”.
Corte de incentivos
O governo federal informou nesta quinta-feira (31) que decidiu acabar com benefícios para a indústria química, cortar incentivos para exportadores e cancelar parte de gastos de uma série de programas públicos. O objetivo das medidas, que constam em edição extraordinária do Diário Oficial da União, é viabilizar o desconto de R$ 0,46 no preço do litro do diesel.
O abatimento no valor do diesel é parte do acordo firmado pelo governo com os caminhoneiros para colocar fim à greve da categoria, que provocou bloqueios em estradas e desabastecimento em todo o País.
O governo quase eliminou o benefício aos exportadores por meio do chamado Reintegra. Esse programa “devolve” aos empresários uma parte do valor exportado em produtos manufaturados via créditos do PIS e Cofins. Até o fim de maio, essa devolução está fixada em 2%, mas, a partir de junho, será reduzida para 0,1% – valor que vigorava até o fim de 2016. O aumento de arrecadação com essa medida será de R$ 2,27 bilhões neste ano.