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Política Em investigação sobre Bolsonaro, pai de Mauro Cid depõe à Polícia Federal por mais de duas horas

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General Mauro Lourena Cid foi ouvido no caso das vendas das joias sauditas presenteadas ao Estado brasileiro. (Foto: Reprodução)

Durante duas horas e meia, o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, depôs na tarde dessa terça-feira (26) à Polícia Federal (PF), em Brasília (DF).

Lourena Cid foi chamado para falar no inquérito que investiga a venda de joias sauditas dadas ao governo brasileiro no mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. A venda ocorreu nos Estados Unidos.

O ex-presidente ganhou joias e presentes milionários no exercício do mandato, e investigações da PF mostram que os itens começaram a ser negociados nos EUA em junho de 2022. Entre elas estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.

No entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), esses presentes deveriam ter ido para o acervo do Estado brasileiro, e não ser tratados como bens pessoais.

Mauro Cid, filho de Lourena Cid, foi ajudante de ordens de Bolsonaro durante o mandato e um dos principais assessores do presidente. Ele também é investigado no caso das joias, além de ser investigado em tentativa de golpe de Estado e fraude nos cartões de vacina para beneficiar Bolsonaro.

O fato de as investigações terem chegado até o pai foi uma das motivações para Mauro Cid ter decidido fazer acordo de delação premiada com a Polícia Federal. No acordo, ele conta o que sabe sobre as investigações em troca de ter uma eventual pena reduzida. Cid está preso preventivamente desde a semana passada por ter quebrado medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Participação 

O general da reserva do Exército era – segundo investigações da PF – o responsável por negociar as joias e os demais bens nos Estados Unidos. De acordo a PF, ele recebia os valores em sua conta bancária. O pai de Cid ocupava, desde 2019, um cargo no escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex, em Miami.

O rosto do de Lourena Cid foi identificado pela PF no reflexo de uma foto usada para negociar esculturas recebidas pelo governo como presente oficial.

O rosto do general foi identificado pela PF no reflexo de uma foto usada para negociar, nos EUA, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. Segundo investigadores, ao fotografar a caixa com os itens para pedir uma avaliação do valor em lojas especializadas, Mauro Lourena Cid acabou deixando seu rosto aparecer no reflexo.

A imagem foi um dos elementos anexados à operação deflagrada em agosto de 2023 e que fez buscas em endereços ligados a Cid pai, Cid filho e a outros assessores e aliados de Bolsonaro.

De acordo com a PF, após transportarem as esculturas para os EUA no mesmo avião presidencial que levou Jair Bolsonaro ao país, às vésperas do fim do mandato em 2022, Mauro Barbosa Cid pediu que o pai, Mauro Lourena, fosse às lojas de joias.

O pai – general que foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970 – teria tentado vender as joias nos dias 3 e 4 de janeiro de 2023, mas não conseguiu, porque descobriu que os itens não eram de ouro maciço, e sim, folheadas.

A PF também obteve mensagens em que Mauro Lourena Cid (o pai) avisa a Mauro Barbosa Cid (o filho) que 25 mil dólares precisam ser entregues a Jair Bolsonaro em dinheiro, para que a origem não seja identificada.

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