Segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2016
Pouco mais de cinco anos após deixar o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu na manhã desta quinta-feira (17) o cargo de ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff. Centenas de manifestantes contra e a favor do governo protestaram em frente ao Palácio do Planalto. A PM (Polícia Militar) fez bloqueios para impedir que eles entrassem em confronto.
Na mesma solenidade, também tomaram posse os novos ministros da Justiça, Eugênio Aragão, e da Aviação Civil, Mauro Lopes. Deslocado da Casa Civil para dar o cargo a Lula, Jaques Wagner passa a comandar o novo ministério do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
A posse de Lula ocorreu um dia após o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em primeira instância, retirar o sigilo sobre ligações do ex-presidente interceptadas com autorização judicial. Lula recebeu um telefonema de Dilma no qual ela disse que enviaria a ele o termo de posse para que o petista usasse “em caso de necessidade”. A divulgação da conversa intensificou os protestos no País contra a nomeação de Lula para a Casa Civil e contra o governo.
Para a oposição, o diálogo derruba a versão de Dilma de que Lula iria para o ministério com o objetivo de fortalecer o governo e ajudar na recomposição da base de apoio do Palácio do Planalto no Congresso. No entendimento de líderes oposicionistas, fica claro que Lula aceitou a nomeação a fim de ter foro privilegiado e passar a ser investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e não mais por Sérgio Moro.