Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2016
O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou, em nota, que a decisão do juiz Sergio Moro de prendê-lo preventivamente é “absurda, sem nenhuma motivação” e que se utiliza de “argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal”. Cunha se refere a pedido de prisão feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) negado pelo Supremo Tribunal Federal quando ele ainda era deputado.
A prisão e a busca na residência de Cunha foram autorizadas por Moro, que passou a tratar do caso do ex-parlamentar depois que ele perdeu o foro privilegiado com a cassação de seu mandato.
Na nota, Cunha afirma que o pedido de prisão da PGR já havia sido extinto, mas Moro, ao fundamentar a decretação de prisão, “utiliza os fundamentos dessa ação cautelar, bem como de fatos atinentes à outros inquéritos que não estão sob sua jurisdição, não sendo ele juiz competente para deliberar”, diz a nota.
O advogado de defesa do deputado cassado, Pedro Ivo Velloso, também afirmou que a prisão de seu cliente é “absurda”. Ele reforçou o argumento de que a PGR já havia pedido a prisão do peemedebista e o Supremo nunca a autorizou. “Se houvesse fundamento, Supremo teria decretado. Sem nenhum fato novo, a decisão passou por cima disso”.