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Brasil Em prisão domiciliar, Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, quer vender por R$ 1 milhão uma obra de arte para cobrir suas despesas com advogados

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A jornalista é acusada de ter procurado o empresário Joesley Batista e pedido a ele 40 milhões de reais. (Foto: Reuters)

Em prisão domiciliar, Andrea Neves quer vender uma escultura de Aleijadinho para cobrir suas despesas com advogados. A irmã do senador afastado Aécio pede 1 milhão de reais pela obra. Andrea deixou a prisão em Belo Horizonte na madrugada de quinta-feira (22). Ela é acusada de corrupção e organização criminosa. A soltura aconteceu após a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) converter a prisão preventiva em domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

A Primeira Turma também converteu em prisão domiciliar a prisão preventiva do ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) Mendherson Souza Lima e ao primo do tucano, Frederico Pacheco de Medeiros.

Presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio a partir das delações premiadas da JBS, Andrea Neves e Frederico Pacheco de Medeiros foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao STF, ao lado de Aécio, por corrupção passiva e obstrução de Justiça. Na semana passada, a mesma Primeira Turma do STF decidiu, por 3 votos a 2, manter Andrea na prisão. Como medidas cautelares impostas pelo colegiado, Andrea e Pacheco de Medeiros deverão, assim como Mendherson, entregar seus passaportes.

A jornalista é acusada de ter procurado o empresário Joesley Batista e pedido a ele 40 milhões de reais. A justificativa dada por Andrea Neves, segundo o delator, foi de que o dinheiro era o valor a ser pago na compra do apartamento da mãe, no Rio de Janeiro. A transação para o futuro repasse envolveu Aécio, que, conforme depoimentos da delação do dono da JBS, teria afirmado que, no caso de emplacar Aldemir Bendine na presidência da companhia Vale, o próprio Bendine “resolveria o problema dos 40 milhões pedidos por Andrea Neves”.

As investigações também revelam que foi a irmã de Aécio Neves quem intermediou o encontro entre o senador afastado e Joesley Batista, em um hotel em São Paulo, no qual o empresário gravou o tucano pedindo 2 milhões de reais. Na conversa gravada, Aécio e Joesley combinam que o valor seria entregue por um intermediário da JBS a Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred.

“Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, sugeriu Joesley ao tucano. “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”, respondeu Aécio.

Pacheco de Medeiros recebeu os 2 milhões de reais, fracionados em quatro parcelas de 500.000 reais, das mãos do diretor de relações institucionais da JBS, Ricardo Saud. A PF filmou três das entregas de dinheiro na sede da empresa, em São Paulo.

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