Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2018
O primeiro programa eleitoral de rádio dos candidatos à Presidência da República, transmitido neste sábado (01), teve Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do PT e críticas do tucano Geraldo Alckmin a Jair Bolsonaro (PSL).
Na madrugada deste sábado, os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram por 6 votos a 1 barrar a candidatura de Lula com base na Lei da Ficha. A aparição do petista como presidenciável nesta manhã, entretanto, não indica desrespeito à decisão da Corte, uma vez que a Justiça compreendeu que não haveria tempo para substituir o material que seria transmitido.
Haddad apareceu na propaganda como candidato a vice-presidente, dizendo que muitos imaginavam que o partido e o povo iriam abandonar Lula. A voz do ex-presidente surge ao final, criticando cortes feitos por Temer e afirmando já ter mostrado que o Brasil pode ser melhor. “Acredito que juntos somos capazes de reconstruir esse país”, diz.
Com a maior fatia do horário eleitoral, a campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, teve como alvo a desconstrução de Jair Bolsonaro (PSL), que na propaganda teve tempo apenas para falar o nome da própria coligação.
Bolsonaro é colocado pelos tucanos como um político que age na base da “bala, da raiva e do ódio”, além de ter votado contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Domésticas, o que, segundo a campanha, mostra que ele tem algo contra os pobres.
Já o tucano, chamado pelo primeiro nome, é apresentado como o candidato que age “com a cabeça e o coração”. A redução da taxa de homicídios e a ampliação da rede de tratamento do câncer foram as realizações destacadas de seus quatro mandatos como governador de São Paulo.
Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB) usaram o tempo diminuto para se apresentar a seus públicos-alvos. A candidata da Rede mirou as mulheres, enquanto Ciro focou nos endividados e desempregados. Ex-ministro de Temer, Meirelles buscou aproximar seu nome ao de Lula e se apresentar como o candidato capaz de resolver os problemas do País.
Condenação
Lula foi condenado em janeiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava-Jato. Desde abril, ele cumpre pena de 12 anos e 1 mês de prisão em Curitiba.
Os advogados de Lula esperavam que o julgamento do registro ocorresse nas próximas semanas, em razão de prazos maiores previstos pela lei eleitoral para conclusão do processo. A expectativa era que, com isso, ele pudesse aparecer como candidato na propaganda de rádio e TV de candidatos a presidente.
O TSE, no entanto, antecipou a decisão sobre o registro da candidatura, a pedido do MP, com o argumento de que, como a campanha deve ser integralmente financiada com recursos públicos, seu uso para a campanha seria um desperdício.