Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2025
Pela segunda vez em pouco mais de cinco anos, o ex-produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein foi condenado novamente por um crime sexual em Nova York. Um júri composto por 12 cidadãos o absolveu, porém, de outra das acusações. E não chegou a um veredito sobre uma terceira.
Duas das testemunhas — Miriam Haley e Jessica Mann — também haviam deposto contra Weinstein em seu primeiro julgamento em Manhattan, em 2022. A terceira mulher, Kaja Sokola, não testemunhou no primeiro processo e foi incluída no caso somente no ano passado.
O veredito sugere que o júri considerou verídico o relato de Haley sobre ter sido forçadamente agredida sexualmente por Weinstein, condenando-o por ato sexual criminoso de primeiro grau.
Mas o júri não se convenceu quanto ao depoimento de Sokola sobre um comportamento semelhante, absolvendo-o de outra acusação desse tipo. Os jurados ainda não chegaram a uma decisão sobre o relato de Mann, que acusa Weinstein de tê-la atacado em um quarto de hotel em Manhattan, em 2013 — caso pelo qual ele responde por estupro de terceiro grau, a acusação menos grave entre as que enfrentava.
As deliberações têm sido conturbadas desde que começaram na semana passada, com os jurados frequentemente em desacordo e, em alguns momentos, reclamando ao juiz.
Pouco antes do anúncio do veredito nesta quarta, foi revelado no tribunal que os jurados estavam “gritando uns com os outros” e que um deles chegou a dizer a outro: “Te encontro lá fora um dia”.
Weinstein, de 73 anos, foi condenado em Manhattan por ato sexual criminoso e estupro em 2020, mas foi julgado novamente neste mês depois que o veredito original foi anulado pela mais alta corte do estado. Em uma decisão apertada de 4 votos a 3, o Tribunal de Apelações decidiu no ano passado que o juiz do primeiro julgamento não deveria ter permitido os depoimentos de mulheres que acusaram o produtor de agressões sexuais que não resultaram em acusações formais.
Logo após essa decisão, o escritório do promotor distrital de Manhattan, liderado por Alvin L. Bragg, decidiu avançar com um novo processo contra Weinstein, acrescentando em setembro outra acusação de ato sexual criminoso. A nova condenação representa uma vitória significativa para Bragg, que concorre à reeleição este ano.
O novo julgamento começou em meados de abril e contou com o depoimento de quase 30 testemunhas, incluindo as três mulheres em torno das quais os promotores estruturaram o caso. (Com informações do NYT)