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Brasil No primeiro debate na TV, os presidenciáveis evitaram, com algumas exceções, ataques diretos e trazer temas polêmicos à tona

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O debate reuniu Alvaro Dias (Pode), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). (Foto: Kelly Fuzaro/Band)

Em um primeiro debate morno, promovido pela TV Bandeirantes, os candidatos à Presidência evitaram, com algumas exceções, ataques diretos e trazer temas polêmicos à tona na noite de quinta-feira (09).

Presidenciáveis como Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) não foram confrontados com seus pontos fracos, como o escândalo da Dersa, no caso do ex-governador de São Paulo, e o temperamento explosivo do ex-governador do Ceará.

Com a ausência de Lula, que está preso em Curitiba (PR) e deve ter a sua candidatura barrada pela Justiça Eleitoral, Guilherme Boulos, do PSOL, tentou assumir o papel de porta-voz da esquerda e se apresentou como “do partido de Marielle Franco”, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em março.

Foi ele, inclusive, que protagonizou um dos únicos confrontos em que o tom das acusações se elevou. Boulos questionou Jair Bolsonaro (PSL) sobre a funcionária de seu gabinete Walderice Santos da Conceição, que, segundo revelou o jornal Folha de S.Paulo, trabalha em um comércio de açaí em Angra dos Reis, onde o deputado federal tem uma casa.

“Quando a Folha de S.Paulo foi lá, ela estava de férias. Ela é essa senhora, humilde, trabalhadora”, disse Bolsonaro. Ao ser questionado por Boulos se ele não tinha vergonha de manter uma “funcionária fantasma” e de ter auxílio-moradia da Câmara mesmo tendo imóvel em Brasília, Bolsonaro respondeu que teria vergonha se “tivesse invadindo as casas dos outros”, em uma provocação ao líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

“E não vim pra cá bater boca com um cidadão desqualificado como esse aí”, completou Bolsonaro, encerrando a sua fala antes do tempo. Além de Boulos, o Cabo Daciolo (Patriota) também destoou do clima mais ameno, atirando sobre praticamente todos os opositores.

Dos 13 candidatos à Presidência definidos nas convenções, apenas oito participaram do debate: Bolsonaro, Alckmin, Ciro, Boulos, Daciolo, Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB). Todos se enquadram na determinação da lei eleitoral de que devem ser convidados candidatos de partidos ou coligações que tenham pelo menos cinco congressistas. O outro seria Lula. O PT chegou a pedir à Justiça que ele fosse autorizado a participar via videoconferência.

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin foi o mais demandado pelos opositores mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto, que evitaram Bolsonaro. Marina, por exemplo, pressionou o tucano por sua aliança com o chamado Centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD). “O senhor diz que é candidato à Presidência porque quer mudar o Brasil. No entanto, fez aliança com o Centrão, que é a base de sustentação do governo Temer. O senhor acha que isso é fazer mudança?”, questionou a candidata da Rede.

Ciro, por sua vez, disse que a reforma trabalhista, defendida no debate por Alckmin como “necessária”, “foi um erro” e “introduziu muita insegurança” no País. “Essa selvageria nunca fez nenhum país do mundo prosperar”, afirmou o candidato do PDT.

Questionado em temas como violência contra a mulher e segurança pública, Bolsonaro manteve posições como a defesa da castração química para estupradores e um referendo para facilitar a venda de armas aos “cidadãos de bem”. “A violência só cresce no Brasil devido a uma equivocada política de direitos humanos. O cidadão de bem, esse foi desarmado. O bandido continua bem armado.”

Alvaro Dias foi um dos que mais tratou do tema da Lava-Jato, dizendo que a operação “deve ser institucionalizada” como política de combate à corrupção, e citando novamente o juiz Sérgio Moro como seu futuro ministro da Justiça.

Sobre o alto índice de desemprego no País, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse: “Assumi o Banco Central e nesse período fizemos aquilo que está no interesse. Criamos emprego, criamos estabilidade na economia, os investimentos aumentaram e o Brasil criou em oito anos cerca de 10 milhões de empregos. Voltei ao governo, na Fazenda, e tiramos o Brasil da maior recessão da história, que estava destruindo o emprego sistematicamente. Voltamos a criar e o Brasil criou 2 milhões de empregos. Portanto, qual é a solução para a sua pergunta? Muito simples. Ao contrário do que muitos aqui pensam, não se cria emprego no grito. Se cria emprego com a política econômica correta. No momento em que assumimos a presidência, a confiança aumentou como já aconteceu e o Brasil vai ter investimento, vai crescer e gerar emprego.”

 

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